Papa actualiza lei dirigida a sacerdotes e religiosos

 

Papa actualiza lei dirigida a sacerdotes e religiosos

O Papa Francisco atualizou este sábado a lei da Igreja de 2019 que obriga todos os sacerdotes e religiosos a denunciarem crimes de abuso sexual ao Vaticano, alargando-a aos líderes leigos de associações internacionais.

26/03/2023  ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 09H58
© Fotografia por: DR

O novo documento entra em vigor no dia 30 de Abril e revoga a versão de Maio de 2019. Francisco reafirmou e tornou permanentes as disposições temporárias da lei anterior que foram aprovadas num momento de crise no Vaticano e na hierarquia católica.

Na ocasião, a legislação foi elogiada por estabelecer mecanismos precisos para investigar bispos e superiores religiosos cúmplices, mas a sua implementação foi desequilibrada e o Vaticano foi criticado por vítimas por falta de transparência.

As novas regras estão em conformidade com outras alterações no tratamento de abusos praticados por membros da Igreja Católica que foram emitidas desde então. De forma mais significativa, as novas normas abrangem, além dos clérigos, moderadores de associações aprovadas pela Santa Sé.

Esta é uma resposta aos muitos casos que surgiram nos últimos anos de líderes leigos que abusavam da sua autoridade para violar sexualmente pessoas sob os seus cuidados.

O Vaticano reafirma ainda que até os adultos podem ser vítimas de padres predadores, como freiras ou seminaristas.

A lei da Igreja considerava anteriormente que apenas os adultos que "habitualmente” carecessem do uso da razão pudessem ser considerados vítimas. A nova regra deixa claro que adultos podem se tornar vulneráveis a abusos, mesmo que ocasionalmente, conforme o contexto.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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