São Tomé: Crise energética existe por falta de verbas
A Empresa de Água e Electricidade (Emae) de São Tomé admitiu existir uma crise energética há várias semanas por falta de verbas para a importação de gasóleo e avarias de geradores.
No final de uma reunião com o Primeiro-Ministro e alguns membros do Governo, o director-geral da Emae, Hélio Lavres, citado pela Lusa, considerou que "a crise energética que o país vive" actualmente "é preocupante", causando constrangimentos aos negócios.
Hélio Lavres justificou a redução do fornecimento de electricidade devido á avarias de "grupos de geradores que já não respondem à sua real capacidade, bem como também a um problema transversal a toda a sociedade que são as dívidas avultadas que as empresas e pessoas individuais têm para com a Emae", condicionando a capacidade financeira da empresa. "Quer dizer que neste momento o país encontra-se numa situação crítica e põe em perigo a importação do gasóleo para os próximos tempos, mas o Governo tudo fará para ajudar, pelo que percebemos do senhor Primeiro-Ministro", precisou o director da Emae, assumindo que a empresa também fará a sua parte.
No final do ano passado o ministro das Finanças são-tomenses, Genésio da Mata, revelou que a dívida da Emae para com a Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo (Enco), detida maioritariamente pela Sonangol, ronda os 9,7 milhões de euros.
Hélio Lavres disse que a empresa vai reforçar o apelo aos seus clientes, nomeadamente as instituições públicas e privadas, para a regularização das dívidas para que a "situação financeira da Emae melhore e consequentemente melhore o fornecimento de electricidade às pessoas".