Alemanha anuncia retirada das tropas

A Alemanha anunciou, esta segunda-feira que retirará, no prazo máximo de 12 meses, os seus soldados do Mali, uma retirada imposta pelas novas realidades do país sob a liderança dos militares, mas que não põe fim à ajuda ao desenvolvimento.

O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, nomeado em Janeiro, durante uma visita ao contingente de militares do seu país integrados na missão de paz da ONU (Minusma) em Gao, Norte do Mali.

A Alemanha tem várias centenas de soldados entre os cerca de 12 mil destacados pela Missão da ONU no país, que é atormentada pela propagação do jihadismo e da violência de todos os tipos. É a maior contribuição ocidental, de acordo com um relatório da missão divulgado esta semana.

Pistorius enfatizou a importância do contingente alemão, especialmente para missões de reconhecimento. Mas esse compromisso "não é possível, na prática, desde há alguns meses", disse. "Não é o compromisso alemão que falhou, são as condições que fizeram esse compromisso falhar", disse sem dar mais detalhes.Os militares que tomaram o poder pela força em 2020 romperam a aliança com a França e os seus parceiros europeus contra os jihadistas e voltaram-se militar e politicamente para a Rússia.

A junta também impôs restrições às operações da Missão da ONU no Mali. A ONU expressou preocupação com a segurança das operações das forças de paz após a partida dos franceses, mas também de outros contingentes.

Vários países decidiram interromper ou suspender a sua participação na UNMIS nos últimos meses. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta semana que a Jordânia, por sua vez, informou a ONU em Fevereiro da decisão de encerrar a contribuição imediatamente.

Ontem, um grupo de jihadistas, afiliados ao grupo Estado Islâmico ocupou a localidade de Tidermene, no Mali, isolando ainda mais a capital regional, Menaka, disseram ontem testemunhas locais à AFP.

A queda de Tidermene ocorre após meses de combates do Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS) para ocupar o vilarejo do Nordeste do Mali, localizado a cerca de 75 quilómetros de Menaka.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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