China realiza exercícios militares de “cerco total” a ilha
Os exercícios militares do Exército de Libertação Popular (ELP) da China perto da ilha de Taiwan são um aviso para as forças separatistas e externas, bem como uma medida necessária para proteger a soberania da RPC, disse, este sábado, o representante oficial da Zona Leste do Comando Militar chinês, Shi Yin.
"Isto é um aviso sério contra o conluio e provocações das forças separatistas pró-independência de Taiwan com forças externas”, diz o comunicado assinado por Yin.
O Ministério da Defesa da ilha informou que está a seguir de perto os exercícios do Exército chinês.
O anúncio vem depois que a Presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, se reuniu com o Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, e outros 17 políticos americanos. Embora o anúncio não mencionasse Tsai ou a reunião, este veio apenas horas após o retorno da digressão de 10 dias.
Esta é a segunda vez, em menos de um ano, que um presidente da Câmara dos Representantes dos EUA se reuniu com Tsai, causando tensões crescentes entre os Estados Unidos, Taiwan e China.
Em Agosto, Tsai se encontrou com a antecessora de McCarthy, Nancy Pelosi, quando esta visitou Taipé.
A China condenou essa reunião e realizou exercícios militares semelhantes em torno da ilha.
Enquanto isso, o antecessor de Tsai, Ma Ying-jeou, acabou de voltar de uma viagem à China continental, onde promoveu a estrutura de "Uma Só China” e criticou a administração Tsai por colocar o futuro da ilha em perigo.
No sábado, Shi Yin informou que as Forças Armadas chinesas realizarão exercícios e patrulhas de combate no mar e no espaço aéreo em torno de Taiwan, de acordo com o plano de treinamento, de 8 a 10 de Abril.
China aponta os Estados Unidos como ‘a maior ameaça à cibersegurança global’
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, disse na sexta-feira (7), durante uma conferência de imprensa que numa "tentativa de manter a hegemonia no ciberespaço”, Washington abusa deliberadamente da tecnologia para a vigilância cibernética e para o furto de segredos ao abrigo de "empresas de fachada”.
Pela vigilância indiscriminada em outros países, incluindo os seus aliados, os EUA estão a prejudicar seriamente a soberania de outros estados e a privacidade dos usuários da Internet em todo o mundo, observou Mao Ning.
A diplomata comentou uma reportagem do The New York Times que indica que o Governo dos EUA utilizou o programa informático de geolocalização da companhia israelita NSO Group, que figura na lista negra do Departamento de Comércio norte-americano, contra milhares de alvos no México.
A funcionária chinesa destacou os duplos padrões dos EUA, que "ao mesmo tempo incrimina inocentes e reprime e sanciona empresas estrangeiras a pretexto da segurança nacional e dos direitos humanos sem qualquer prova”.
Referindo-se ao recente escândalo, Mao Ning afirmou que isto "demonstra mais uma vez que o roubo de segredos por parte dos EUA é a maior ameaça à cibersegurança global”.
"Os Estados Unidos devem reflectir sobre a sua prática, deter as suas operações globais de pirataria, deixar de confundir a opinião pública com desinformação”.