Conjunto de oito projectos de Álvaro Siza candidato a Património Mundial
A candidatura intitulada "Obras de Arquitectura de Álvaro Siza em Portugal” faz parte da lista indicativa do Património Mundial de Portugal desde 2016, com uma lista de 18 projectos, tendo sido, entretanto, diminuída para oito.
O director da FAUP, João Pedro Xavier, explicou à Lusa que a selecção dos oito projectos se justifica com o "facto da maior parte deles já ser património” e pela "variedade tipológica ou funcional dos edifícios propostos”.
Os casos do Bairro da Bouça, no Porto, e da Casa Alves Costa, em Caminha, foram submetidos para classificação nacional, pelo que João Pedro Xavier salientou que também será preciso que haja "alguma 'luz verde'” em relação a esses dois imóveis.
O director da FAUP disse que "a candidatura está preparada com as chamadas extensões futuras”, para que, mais tarde, se possam associar a outros projectos do arquitecto Prémio Pritzker, incluindo no estrangeiro.
De acordo com um comunicado da FAUP, datado do final de Março, a 15 de Janeiro decorreu a primeira submissão da candidatura, que obteve "parecer favorável”.
"A FAUP está a coordenar, desde 2021, os trabalhos conducentes à candidatura para a inscrição de um conjunto de obras de Álvaro Siza na Lista do Património Mundial da UNESCO” e o "director da FAUP é o responsável pela submissão da candidatura”, segundo o mesmo documento.
São parceiros da candidatura a Universidade do Porto, Universidade de Lisboa, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal do Marco de Canavezes, Câmara Municipal de Caminha e a Fundação de Serralves.
Teresa Cunha Ferreira é a coordenadora executiva, no âmbito da Cátedra UNESCO "Património Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projecto”. A equipa de trabalho integra os docentes e investigadores Ana Tostões, Carlos Machado, José Miguel Rodrigues e Rui Fernandes Póvoas; e os consultores Bénédicte Gandini, Jörg Haspel, Spela Spanzel, Mariana Correia, Soraya Genin, Nuno Ribeiro Lopes, José Aguiar, Xavier Romão, Isabel Breda Vásquez, Isabel Coimbra.
O trabalho diplomático está a ser coordenado pelo embaixador José Filipe Morais Cabral, presidente da Comissão Nacional da UNESCO.
"Aí, a ideia é incluir não só algumas obras que já estão na lista indicativa, a Malagueira , em Évora, o Chiado, em Lisboa e outras obras significativas, mas também abrir para obras no estrangeiro que estejam fora de Portugal”, afirmou João Pedro Xavier.
No que diz respeito à Bouça, há também a expectativa de que venha a ser alvo de "algumas obras”, em particular de pintura.