As forças do grupo paramilitar Wagner tomaram duas novas zonas de Bakhmut (Artyomovsk para os russos), cidade no Leste da Ucrânia que tem sido palco de intensos combates desde Agosto de 2022, informou ontem o Ministério da Defesa russo.
Desde a passada sexta-feira, o Ministério da Defesa russo relatou o controlo de mais nove quarteirões no oeste da cidade.
O porta-voz militar indicou que as acções do Grupo Wagner são apoiadas nos flancos por unidades das Forças Aerotransportadas do Grupo Sul, para além de aviação e da artilharia russas, que também atacaram as forças ucranianas nas cidades vizinhas.
"A aviação efectuou 22 voos de combate e a artilharia do Grupo Sul cumpriu 54 missões. Em consequência dos ataques foram registados danos nas unidades do exército ucraniano nas localidades de Bogdanivka, Chasiv Yar e Konstantinivka", assinalou Igor Konashenkov.
O porta-voz militar acrescentou que "as perdas gerais do inimigo nas últimas 24 horas ultrapassam os 240 efectivos ucranianos e mercenários, um tanque, um veículo de combate de infantaria, sete blindados e cinco automóveis".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa, justificada pelo Presidente Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes envolvidas no conflito não podem ser frequentemente confirmadas de forma independente.