O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a inflação em São Tomé e Príncipe continue perto de 18 por cento, com o crescimento económico a ficar-se nos 2 por cento este ano, melhorando depois para 2,5 em 2024.
Os dados constam da tabela com as previsões macroeconómicas para os países da região, divulgada, e na qual se mostra que o Fundo prevê uma aceleração do crescimento económico do arquipélago, que deverá passar dos 0,9 por cento registados no ano passado para 2 por cento este ano e 2,5 por cento em 2024, o que é marcadamente menor que os 4 por cento registados, em média, entre 2011 e 2019.
Relativamente ao rácio da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o FMI prevê uma melhoria neste indicador, que estabilizar abaixo dos 55 por cento vai melhor do que os 81,3% registados, em média, durante a década passada.
O FMI defende que os países da África subsaariana devem melhorar a gestão financeira, conter a inflação, permitir ajustamentos cambiais e garantir que as alterações climáticas não afastem verbas das despesas básicas.
No relatório sobre a região, o Fundo elenca quatro prioridades para os governos africanos tentarem ultrapassar os desequilíbrios macroeconómicos num contexto de limitações no financiamento.
"Consolidar as finanças públicas e fortalecer a gestão financeira pública num contexto de difíceis condições de financiamento vai depender de uma contínua mobilização dos recursos, melhor gestão dos riscos orçamentais e uma gestão a dívida que tem de ser mais proativa", escrevem os peritos do Fundo no relatório, que prevê um crescimento de 3,6 por cento para a África subsaariana este ano e 4,2 por cento em 2024, e que tem como título 'O Grande Aperto no Financiamento”.