Os profissionais do sector da Saúde e os membros da Associação de Apoio ao Doente com Anemia Falciforme do Huambo pediram maior atenção aos pacientes com essa patologia, que ainda têm problemas, devido a falta de médicos especialistas.
O encontro, que juntou profissionais do sector, contou com o apoio da Direcção do Gabinete de Saúde e do Governo local. A secretária da associação solicitou, no acto, mais atenção, em especial com as crianças. A médica disse que a maior preocupação da associação é a falta de meios para o diagnóstico da patologia.
Irene Lialunga pediu ainda apoio para cedência de um espaço próprio para o atendimento dos doentes de falciformação, por ser uma patologia que apresenta muitas complicações. "Esta doença tem um índice de mortalidade maior em crianças menores de cinco anos”, frisou.
O chefe de Repartição da Saúde no Huambo, em representação da governadora Lotti Nolika, disse que a doença de falciformação representa um sério problema de saúde mundial, tendo em conta o elevado número de casos, sobretudo em África.
Miguel Balaca defendeu o acesso gratuito à medicação, assistência logística mensal e a abertura de mais centros de atendimento aos doentes falciformes. "É imperioso olhar para a problemática da doença com muita atenção, bem como criar projectos emergentes de alcance nacional, com o objectivo de incutir ao cidadão a existência e a letalidade da patologia, caso não seja diagnosticada precocemente”.
Para o director da Saúde Pública no Huambo, Valentin Catolo, o encontro serviu para reflectir e consciencializar os pais, entidades governamentais e a sociedade sobre a problemática da anemia de células falciformes.
A província do Huambo, explicou, controla 500 crianças e adolescentes com a doença da anemia falciforme. "Por isso, o encontro serviu também para alertar sobre os níveis da doença e unir as forças para o combate a nível da província”.
O Gabinete de Saúde, garantiu, está a estudar estratégias no sentido de levar em prática, o conhecimento do rastreio neonatal, a maximização e qualificação dos técnicos dos serviços ambulatórios para dar melhor resposta à doença.
O Executivo, acrescentou, está a trabalhar, gradualmente, de modo a melhorar o funcionamento do Sistema Nacional de Saúde, para que haja condições de se fazer os testes após a nascença.