Prisioneiros de guerra russos foram torturados por forças ucranianas
Cerca da metade dos prisioneiros de guerra russos capturados na Ucrânia entrevistados pela ONU disseram ter sido torturados e maltratados, declarou Volker Turk, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos.
Turk admitiu que a Ucrânia não iniciou os procedimentos criminais contra as suas tropas.
"Cerca da metade dos prisioneiros de guerra russos entrevistados indicou que haviam sido torturados ou maltratados (pelo Exército ucraniano). A maioria desses actos de tortura teria ocorrido logo após a sua captura”, afirmou o alto comissário.
As autoridades russas denunciaram várias vezes a tortura de militares russos em cativeiro ucraniano e numerosas violações da Convenção de Genebra.
Os prisioneiros reclamaram de espancamentos brutais, dentes e ossos quebrados e vários abusos, como privação de sono por dez dias e espancamentos com um saco de lixo sobre a cabeça.
Ao mesmo tempo, Turk admitiu que a Ucrânia não iniciou os procedimentos criminais contra seus soldados que fuzilaram prisioneiros de guerra russos, apesar de várias execuções terem sido documentadas.
"Documentamos a execução sumária pelas Forças Armadas ucranianas de prisioneiros de guerra russos e do pessoal que ficou fora de combate imediatamente após a sua captura [...] Até o momento nenhuma acusação judicial foi informada”, disse.
Anteriormente, a chefe da Missão de Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia, Matilda Bogner, disse que esta organização registou pelo menos 25 casos de tropas ucranianas massacrando prisioneiros de guerra russos.