O potencial do património histórico e cultural da província do Cuanza-Sul é invejável, possuindo monumentos e sítios que permitem aos turistas nacionais e estrangeiros usufruírem da sua beleza e conhecerem o seu significado histórico, disse, esta segunda-feira, Francisco Ernesto Ventura, director provincial da cultura, turismo e juventude e desportos. Entretanto, Francisco Ernesto manifestou a preocupação de muitos destes monumentos precisarem de obras de requalificação.
Contudo, o responsável da cultura vai mais longe, tendo apontado também a falta de especialistas locais que possam monitorar o estado dos monumentos e propor medidas para a sua recuperação.
Francisco Ventura detalhou que a província do Cuanza-Sul possui oito monumentos históricos classificados como património nacional, nomeadamente o Fortim do Quicombo, município do Sumbe, pinturas rupestres de Ndalambiri, Fortaleza do Sumbe, Zona Histórica do Sumbe e Charlett Araújo. Estes, inclui também a Fortaleza de Calulo, a Igreja Sagrada Família, localizada na cidade do Sumbe, e a Fortaleza da Quibala.
O responsável da cultura fez saber que além dos oito monumentos e sítios classificados como património cultural nacional, a província do Cuanza-Sul tem registado e inscritos para a sua classificação mais 271 monumentos, entre sítios e zonas históricas de realce.
Destes destacou a Fortaleza do Sumbe, construída na localidade do Quicombo, em 1858 pelos colonizadores portugueses para fins de defesa contra os insurgentes nativos; a Barragem da Sassa, localizada na região do Pindo, sendo a barragem mais antiga de Angola, que remonta desde 1914. A província conta também com a Lagoa de Chingi-ya-Mbumba, no município da Quilenda, com uma história misteriosa, possuindo sete metros de largura e dez de profundidade. A lagoa está dividida por cinco partes, sendo Zemba, Catende, Cangombe, Hombo e Cambungu e outras.
O director provincial da Cultura, Turismo e Juventude e Desporto do Cuanza-Sul, Francisco Ernesto Ventura, apelou à sociedade para encarar a preservação de monumentos e sítios como prática diária dos cidadãos, como forma de criar premissas para perpetuar a história e a cultura da província.
Para mudar o quadro, adiantou que o sector local da cultura já tem gizado um programa para a recuperação dos monumentos e sítios, que aguarda por financiamento.
"O estado de conservação dos monumentos e sítios é preocupante, uma vez que a população não colabora na sua preservação. Por isso é que a direcção local da cultura elaborou um programa que aguarda por financiamento”, frisou.
Francisco Ventura apela aos jovens estudantes a dedicarem o seu tempo na valorização da riqueza material histórica da província.