Um total de 14 monumentos e sítios históricos da província do Cunene foram classificação ate ao ano passado como património cultural nacional, informou segunda-feira, em Ondjiva, a chefe do departamento do património histórico, Helena António
A responsável fez saber que, além destes, a província tem catalogados e controlados outros 49 monumentos e sítios, que também aguardam a classificação.
Ente os já classificados estão o bunker do Naipalala, o antigo quartel das Tropas de Guarda Fronteira de Angola (TGFA) na Môngua, o Memorial de Solidariedade Angola-Cuba, o Memorial do Rei Mandume-ya-Ndemufayo em Oihole, o aeródromo de Xangongo, o antigo Comando da II Brigada de Infantaria, o Vau do Pembe, a Chana de Mufilo e a antiga ponte sobre o rio Cunene, no município de Ombadja, a Embala Grande do Cuanhama, o monumento carta do Presidente Fidel de Castro aos defensores da Cahama, entre outros.
Fazem ainda parte os escombros do antigo comissariado provincial, junto a actual sede do governo, um edifício que albergava todas as direções dos diferentes sectores do Cunene.
"Essa classificação é um grande ganho, uma vez que a província viveu momentos emocionantes na historia do país, então é necessário que se reconheça esses monumentos e sítios para que as gerações futuras estudem e conheçam o património histórico cultural da região, que foi palco de várias batalhas de ocupação do regime racista sul-africana na província”, disse Helena António.
Helena António realçou que em 2022 o Gabinete Provincial da Cultura realizou um encontro metodológico no município de Ombadja, com todos os directores municipais do sector, onde saiu uma orientação para que cada município devesse fazer um levantamento dos monumentos e sítios existentes e com o seu historial, e neste momento estes estão a mandar todas as informações para serem cadastradas na base de dados, sendo que aquelas que tiverem maior relevância serão enviados para Luanda para a sua classificação. Trata-se de um trabalho cuidadoso que começou há muitos anos em toda a província, contando com a colaboração das administrações municipais e comunais, bem como das autoridades tradicionais.