O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou, ontem, a Arábia Saudita do que considera perigos relacionados com o retomar das relações diplomáticas com o Irão, afirmando que aqueles que se associam aos iranianos “associam-se com a desgraça”
"Emanam do Irão 95 por cento dos problemas do Médio Oriente”, acrescentou o Primeiro-Ministro israelita, que encara o acordo entre Riade e Teerão como um "desejo”dos dois países em manter a guerra no Iémen de forma "reduzida” e "não acabar”, de facto, com o conflito.
"Creio que a cúpula do poder na Arábia Saudita não tem ilusões em relação aos adversários ou aos amigos”, apontou Netanyahu, reiterando os "esejos de Israel”de "alcançar a paz” com Riade.
O chefe do Executivo de Israel defendeu várias vezes o "início das conversações com Riade” no sentido de estabelecer laços diplomáticos que permitiriam a Israel ligações com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão.
Mesmo assim, a Arábia Saudita mantém que este processo só deve começar depois de um acordo de paz entre israelitas e palestinianos que inclua a criação de um Estado da Palestina restabelecendo as fronteiras de 1967 e com Jerusalém Ocidental como capital.
"Nós gostaríamos de fazer dilatar o 'círculo de paz'”, afirmou o Primeiro-Ministro de Israel”. Inclusivamente, creio que nem o céu é o limite, porque também há muitas oportunidades no espaço”, declarou, acrescentando que desconhece o plano chinês de paz entre Israel e Palestina.