Morte de Al Jaffee enluta Banda Desenhada
Jaffee também era conhecido por "Respostas mal-humoradas a perguntas estúpidas", que concretizavam o que o título prometia.
Jaffee não satirizou apenas a cultura, mas fazia também paródias de anúncios que incluíam produtos futuros da vida real, como a repescagem automática para um telefone, um verificador ortográfico de computador e superfícies à prova de graffiti, além de antecipar selos destacáveis, lâminas múltiplas e cigarros que se apagam.
O cartoonista recebeu inúmeros prémios dedicados à indústria da banda desenhada e, em 2013, foi inscrito no Will Eisner Hall of Fame, numa cerimónia na San Diego Comic-Con International.
Em 2010, contribuiu com ilustrações para "Al Jaffee"s Mad Life: A Biography", de Mary-Lou Weisman, e no ano seguinte a Chronicle Books publicou "The MAD Fold-In Collection: 1964-2010".
Al Jaffe nasceu em Savannah, na Geórgia, mas durante anos esteve dividido entre os Estados Unidos, onde o pai preferia morar, e a Lituânia, onde a mãe, uma judia religiosa, ansiava por regressar. Na Lituânia, Jaffee suportou a pobreza e o bullying, mas também desenvolveu o seu ofício. Sem escola para frequentar, aprendeu a ler e a escrever através das "tirinhas" enviadas pelo pai.
Na adolescência, estabeleceu-se na cidade de Nova Iorque e foi aceite na High School of Music & Art, onde teve como colegas Will Elder, mais tarde ilustrador do Mad, e Harvey Kurtzmann, que mais tarde foi editor do "Mad”.
O cartoonista teve uma longa carreira antes da Mad, desenhando para a Timely Comics, que se tornou a Marvel Comics, e durante anos fez o painel "Tall Tales" para o New York Herald Tribune. Jaffee contribuiu pela primeira vez para a Mad na dé-cada de 1950 e saiu quando Kurtzmann deixou a revista, acabando por regressar mais tarde, em 1964.