Os maiores escândalos da História do futebol
Tem havido muitos escândalos no futebol mundial que vão desde a fixação de partidas até drogas, e muitos futebolistas têm estado no centro das atenções pelas razões erradas.
O escândalo de Calciopoli em 2006 abalou o futebol mundial quando surgiu que muitos clubes de ponta na Itália haviam se envolvido em influenciar a nomeação de árbitros para os seus jogos, entre várias outras acusações.
A Juventus, que havia vencido o campeonato de 2005 e 2006, foi destituída dos seus títulos e relegada à Série B, onde permaneceu por uma temporada antes de retornar imediatamente à primeira divisão. Embora a Juventus tenha sido punida seriamente pelo seu envolvimento, o AC Milan e alguns outros clubes puderam se considerar afortunados por não sofrerem consequências tão graves.
Isso teve um grande im-pacto no futebol italiano e mundial e, desde então, foram tomadas precauções extras no futebol a esse respeito. Dai a Juventus não ganhou um único título da liga e não foi a mesma força nas últimas temporadas, em-bora sob o diligente Antonio Conte, eles tenham demonstrado que podem ser sérios candidatos ao título nesta temporada.
O Brasil enfrentou dificuldades para sediar a Copa do Mundo de 2014, e será uma tarefa exigente para eles cumprir o prazo com todas as facilidades para o torneio. O Governo brasileiro teve que enfrentar muitas acusações graves de corrupção e até seis ministros brasileiros se demitiram por causa do escândalo da corrupção.
O povo do país vem en-frentando problemas de corrupção há muito tempo, e isso significou que o Go-verno e o Presidente tivessem que tomar uma posição forte contra isso.
O caso de corrupção que abalou a Fifa e culminou na prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin é só a ponta do iceberg de uma série de escândalos que marcaram o desporto nos últimos dez anos. Entre doping, manipulação de resultados, assassinato, espionagem e racismo, várias modalidades foram afectadas.
Na terceira lista da série de comemorações pelo dé-cimo aniversário da Máquina do Desporto, vamos relembrar as dez histórias mais marcantes estremeceram o mundo desportivo entre 2005 e 2015.
O FBI invadiu o 65º Congresso da Fifa e prendeu sete dirigentes acusados de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. J. Hawilla, dono da Traffic, foi o estopim da crise depois de ter feito um acordo de delação premiada com a Justiça americana no valor de USD 151 milhões.
Entre as suspeitas levantadas estão o pagamento de propinas para negociações comerciais dos principais torneios da Concacaf e da Conmebol. As investigações mobilizaram a Polícia Federal no Brasil, que apreendeu celulares e computadores na Klefer, agência de marketing desportivo ligada à CBF. O escândalo fez o Senado aprovar a CPI do Futebol, liderada por Romário.
Antes da Copa de Ouro em 2011, cinco jogadores mexicanos foram considerados culpados quando foram testados para drogas e foram posteriormente banidos das competições.
O guarda-redes Memo Ochoa, o atacante Christian "Hobbit” Bermudez, o atacante Sinha, os defesas Edgar Duenas e Francisco "Maza” Rodriguez foram os cinco membros da equipa considerados culpados, e especulou-se que eles tinham comido carne contaminada, o que foi a razão para eles testarem positivo.
Foi uma grande vergonha para o país, mas eles conseguiram superar as perdas dos jogadores suspensos e venceram a Copa de Ouro graças às actuações de Giovani dos Santos e Javier Hernandez.
O gerente francês Laurent Blanc, juntamente com alguns outros executivos seniores, esteve sob intenso escrutínio por suposta realização de discussões racistas numa reunião.
Blanc teria dito que a França não está a produzir jogadores suficientemente habilidosos e só está produzir jogadores grandes, fortes e atléticos (os Negros). No entanto, embora chocado com os comentários, o gerente do Arsenal Arsene Wenger, que dirigiu vários jogadores franceses, não acredita que Blanc seja racista.
No dia 27 de Maio de 2015 foi preso no hotel Baur au Lac, em Zurique, na Suíça, onde seria realizado o 65º congresso da FIFA, o brasileiro José Maria Marín, antigo político defensor da ditadura militar no Brasil (1964-1985); ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de 2012 a 2014; presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014; e Membro do Comitê Organizador dos Torneios Olímpicos de Futebol da FIFA. (CHADE, 2015)
A investigação começou oficialmente no dia 9 de Maio de 2013, quando o empresário José Hawilla, falecido aos 74 anos no dia 25 de Maio de 2018 vítima de problemas respiratórios, foi abordado pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) no hotel Mandarin, em Miami, onde estava hospedado. J. Hawilla, como era conhecido, era proprietário da empresa de marketing desportivo Traffic e fundador da TV TEM, afiliada da Rede Globo no interior do estado de São Paulo. Ele teria participado diretamente de negociatas com a FIFA e, com a vantagem de não ser preso, foi multado e ajudou a delatar o esquema de corrupção na FIFA. Depoimentos de delatores revelam que dirigentes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), CBF e da Globo teriam participado do escândalo de corrupção denominado "FIFAgate”, que é considerado o maior escândalo de corrupção da história do futebol e um dos maiores escândalos de corrupção em geral do mundo.
O director executivo da empresa argentina de marketing Torneos y Competencias, Alejandro Burzaco, denunciou que a Globo teria tido participação no "FIFAgate”. O escândalo foi tão grande que resultou no suicídio do advogado argentino Jorge Delhon, que se jogou em frente a um trem depois do mesmo Burzaco declarar que lhe pagou subornos milionários. Além da Globo, estariam envolvidos no esquema de corrupção as empresas Fox Sports, dos Estados Unidos; e Televisa, do México.
O esquema funcionava da seguinte forma: As empresas de marketing desportivo negociavam directamente com os dirigentes desportivos da FIFA, Conmebol e CBF os direitos de transmissão televisiva de campeonatos organizados por estas instituições. O valor dos direitos televisivos adquiridos pelas empresas de marketing era menor do que o negociado directamente com os representantes das empresas de televisão, que pagavam mais pelo direito de transmitir os campeonatos, incluindo na diferença o suborno, que era repassado para os dirigentes desportivos, dando o direito, sem licitação, sem concorrência livre e com exclusividade, das empresas televisivas de transmitir os campeonatos de futebol, como a Copa do Brasil, Copa América e Copa do Mundo.
A corrupção na FIFA já existia desde o início do século XX, mas passou a ser mais investigada e de-nunciada com a chegada ao poder do brasileiro João Havelange, que foi denunciado de receber propinas por contratos milionários com empresas de marketing e de TV nos seus 24 anos à frente da entidade máxima do futebol mundial; bem como com o suíço Joseph Blatter, apadrinhado de João Havelange e que sofreu uma verdadeira chuva de dinheiro falso em uma colectiva no dia 20 de julho de 2015, numa imagem que ficou famosa mundo afora, proporcionada por um protesto do comediante inglês Simon Brodkin. (JENNINGS, 2011).
O defesa Kolo Touré do Manchester City deu positivo quando foi testado para drogas, e foi uma grande surpresa considerando que ele tinha um histórico relativamente limpo até então como jogador. O seu clube e o seu ex-técnico Arsene Wenger, que o administrou por muito tempo no Arsenal, ofereceram apoio ao atleta com o técnico francês revelando que foram seus comprimidos dietéticos que o colocaram em apuros.
Wenger também insistiu que estava certo de que Touré não o havia tomado com o objetivo de melhorar o seu desempenho. Touré foi posteriormente banido por seis meses e retornou após a conclusão da proibição.
Enquanto isso, o futebol italiano passou por uma série de períodos difíceis, e poderia haver uma análise mais aprofundada após estes últimos escândalos de apostas, cujos detalhes surgiram recentemente.
A polícia ecfetuou 16 prisões como parte dos escândalos de apostas e de consertos de jogos com muitos futebolistas actuais e recentemente aposentados, que se acredita fazerem parte do círculo.
O ex-jogador italiano e capitão do Lazio, Signori também foi preso junto com vários outros, e é provável que esta investigação continue a fim de fazer esforços para erradicar a fixação no futebol italiano.