O Petro de Luanda encurtou o caminho para a revalidação do título, mercê da vitória, por 97-74, diante do 1º de Agosto, esta segunda-feira, no Pavilhão Principal da Cidadela, na terceira partida do play-of da final da 45ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebol, vulgo Unitel Basket, a melhor de cinco.
As duas formações entraram com cautelas, tentavam explorar o tempo de ataque, mas duas perdas de bolas consecutivas, fruto da intensidade do inicio de partida, com ligeira ascensão do Petro de Luanda que circulava melhor a bola, até encontrar um jogador para finalizar .
O 1º de Agosto permitiu que o adversário ganhasse ressaltos defensivos, de forma sucessiva . Nas tentativas de lançamento a curta distância, a pontaria militar mostrou-se pouco certeira. Lazare respondeu com as primeiras substituições, ao lançar Nicol, Jordan, Brás Valente.
As mexidas não trouxeram nada de novo a formação rubro e negra, contrariamente aos tricolores que conseguiam arranjar recursos para finalizar na zona interior, ou com lançamentos exteriores, com recurso para jogo colectivo como peça chave.
Os militares continuaram a procura do "cinco" ideal para conter e dar resposta às acções ofensivas do adversário. A equipa de Lazare Adingono mostrava-se muito previsível e a depender de iniciativas individuais de alguns jogadores .
Adivinhava-se um descalabro, pois ofensivamente a equipa não se encontrou, continuava sem soluções em todos os aspectos, e perdeu por 15-30, no final do primeiro quarto, ante um adversário mais articulado que passeava toda classe para o gáudio dos seus adeptos petrolíferos.
O 1ºde Agosto entrou mais determinado , marcou nove pontos contra apenas dois, situação que deixou o treinador do Petro, José Neto, enfurecido que de imediato solicitou desconto de tempo para abrandar a motivação dos militares, mas também para refazer a táctica.
Esta leitura do técnico brasileiro voltou a dar aos petrolíferos a consistência para dominar e manter a vantagem na casa dos dois dígitos, enquanto os rubro e negros pareciam não ter pernas para acompanhar a passada do arqui-rival.
Defensivamente recuperava mal, pouca atitude na protecção para evitar que ressaltos ofensivos fossem ganhos, além do aparente abrandamento competitivo.
A equipa militar parecia muito dependente da inspiração do base norte-americano, Nicol Crareth, que procurava driblar até encontrar uma brecha para lançar. No entanto, o 1º de Agosto conseguiu baixar a desvantagem para nove pontos, numa altura que ofensivamente o Petro caiu de produtividade.
O crescimento ofensivo do conjunto do Rio Seco ficou espalhado no resultado parcial, tendo vencido por 22- 17, mas foram insuficientes para anular a vantagem, por 47-37, da turma do Eixo Viário.
O terceiro quarto abriu com um triplo de Milton Valente que teve a resposta de dois lançamentos certeiros de Carlos Morais que elevaram a vantagem para 13 pontos (53-40), em dois ataques.
A colectividade do Petro de Luanda deixava o 1º de Agosto sem resposta defensiva. Os tricolores mostraram vários recursos , fruto de um banco mais elástico. A indisciplina táctica dos anfitriões só beneficiava os campeões nacionais que fez aquilo que lhe apetecia no terceiro período.
Mais esclarecidos e determinados, os campeões nacionais passearam toda classe, para o gáudio dos adeptos petrolíferos que compareceram em maior número, em relação ao agostinos. A vitória, por 97-74, não sofre qualquer contestação.
Publico: 4.500 espectadores
1º de Agosto
3 Bamba Cisse 2
4 Edson Ndoniema 4
6 Macachi Brás 6
8 Tárcio Domingos 12
9 Felizardo Ambrósio 0
11 Jordan Abovdou 5
16 Hermenegildo Santos 2
18 Islando Manuel 12
20 Nicol Clareth 7
21 Delicio Sebastião 7
23 Mohamed Malik 0
47 Milton Valente 17
Treinador: Lazare Adingono
Petro de Luanda
2 Gerson Domingos 5
5 Childe Dundao 5
6 Carlos Morais 17
7 Jone Pedro 8
10 Mouloukou Diabate 5
11 Teotónio Do 0
12 Glofate Buiamba 9
15 Aboubakar Gakou 5
18 Gerson Lukeny 12
47 Pedro Bastos 5
78 Aldemiro João 11
88 Damian Hollis 15
Treinador: José Neto
Parciais: :M15-30, 37-47, 55-77 e 7497
A equipa do 1º de Agosto está proibida de perder diante do Petro de Luanda amanhã, às 18h30, no Pavilhão Principal da Cidadela, no quarto jogo do play-off da final da 45ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebol (Unitel Basket).
Em desvantagem na série, por 1-2, os militares estão proibidos de claudicar sob pena de verem o arqui-rival revalidar o título na sua casa, o terceiro consecutivo.
A turma do Rio Seco que não conquista o título desde 2018, começou bem a série, com vitória por, 76-71, mas depois não teve pernas para acompanhar a passada dos tricolores nos desafios seguintes (90-71 e 97-74 )
Resta saber se Lazare Adingono e pupilos terão arte e engenho para contrariar a motivação que agora os orientados de José Neto levam, depois de duas vitórias convincentes.
Em caso do vitória, o 1º de Agosto força quinta partida, o que levará a disputa à negra, sexta-feira, às 19h00, no Pavilhão da Cidadela. A direcção da Federação Angolana de Basquetebol garantiu que os troféus estarão expostos no quarto desafio da série.
O treinador principal do 1º de Agosto, Lazare Adingono, reconhece que a sua equipa não foi capaz de colocar em prática os argumentos tácticos, depois de consentir a segunda derrota consecutiva na play-of da final, ontem, diante do Petro de Luanda.
Agora em desvantagem, o camaronês reconheceu com as perdas de bolas e os erros de leitura do processo defensivo, ditaram a derrota e que agora precisa recuperar o moral dos jogadores para tentar forçar um quinto desafio.
"Não nos preparamos o suficiente, em jogos de alto nível os erros pagam-se muito caros , vamos ter de nos apresentar melhor na quarta-feira , já não temos margem para errar mas, acreditamos que ainda podemos ser campeões", finalizou.
O treinador adjunto do Petro de Luanda, Raul Duarte, voltou a destacar a postura defensiva da equipa, como peça chave para garantir a segunda vitória da na série (2-1), no play-of da final da 45ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebol (Unitel Basket).
Em declarações à imprensa no final da partida, disse que do ponto de vista ofensivo a equipa do Eixo Viário esteve melhor em relação aos desafios anteriores , na partilha da bola e na eficácia dos lançamentos exteriores e interiores.
"O segredo foi termos sido consistentes defensivamente , fizemos muitas transições que terminaram em pontos . Depois conseguimos ser um boa parte do jogo uma equipa bastante colectiva , jogamos dentro, aproveitamos os jogo exterior e acabamos por ganhar pela margem que vimos todos".