Adeptos da Académica resignados com a derrota

A derrota da Académica do Lobito para o Petro de Luanda, na final da Taça de Angola, disputada sábado, no Estádio Nacional Tundavala, no Lubango, foi acolhida com naturalidade no seio da sociedade desportiva lobitanga, apesar de considerarem exagerada a diferença de golos (3-0), numa partida em que o equilíbrio foi patente.

Houve quem responsabilizou o árbitro Chitano Francisco, por supostamente ter feito vista grossa a uma falta na área de penalidades do Petro, altura em que a equipa  lobitanga buscava o golo do empate.

Na verdade, a ideia não ganhou corpo, porquanto nem todos estavam interessados nos detalhes de um facto consumado. Afinal, venceu aquela que mais e melhor investiu para a referida competição, contra uma equipa que viveu de tostões para a sua sobrevivência. 

Ao contrário da atitude (negativa) manifestada por um grupo de apoiantes da Académica, no Estádio Tundavala, no Lobito o sábado foi calmo. A prometida festa da conquista terminou num convívio normal. Nos bares, restaurantes e lanchonetes conheceram a afluência habitual de clientes desinteressados com a notícia. Ou seja, a final da Taça de Angola já não constituía motivo de conversas na roda de amigos.

O simples facto de a Académica ter atingido a final, pode-se considerar um ganho para os atletas e treinadores que, durante a campanha futebolística, tiveram de auto-superar-se e no final da época disputar a Taça de Angola. Uma prova que bem poderiam vencê-la, não fosse o fraco apoio material, financeiro e moral da direcção do clube.

Com míseros ordenados, a equipa "palmilhou" o território nacional em autocarros velhos e cansados, ainda por cima alugado.  Na viagem Lobito-Lubango (cerca de 400 Km a Sul), por exemplo, os jogadores tiveram de se "acomodar" em cadeiras apertadas e duras, quando o adversário fê-lo de forma cómoda, num avião fretado, bem como da alimentação servida para as respectivas agremiações desportivas.

Em face desta realidade, os aficionados do futebol em terras lobitangas dizem que só vontade não basta. Carlito Sima, antigo futebolista do Sporting do Lobito, serve de consolo aos lobitangas, que podem contentar-se com uma final perdida. Ou seja, perderam o ouro, mas ganharam dignidade, respeito e consideração.

Uma apreciação partilhada por Isabel Walaida, presidente do GD 17 de Setembro (Girabairro), que condenou a postura dos adeptos da Académica do Lobito, no Estádio Nacional Tundavala.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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