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A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) informou, segunda-feira, em Luanda, que o país já beneficia do Programa de Monitoramento Global para o Meio Ambiente e Segurança em África (GMES & África), através do projecto de acompanhamento e avaliação de zonas húmidas transfronteiriças das bacias hidrográficas da África Austral.
O workshop, referiu, visa, também, promover e encorajar o intercâmbio de conhecimentos e experiências, para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Segundo a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, os co-organizadores do workshop têm em comum a missão de promover a melhoria da qualidade de vida das populações, através da investigação científica, dando-se atenção especial aos trabalhos do Centro de Ciências e Serviços da África Austral para Alterações Climáticas e Gestão Sustentável de Solos (SASSCAL) e do Conselho de Investigação Científica Industrial (CSIR).
Maria do Rosário Bragança explicou que o SASSCAL representa uma iniciativa conjunta da África do Sul, Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Alemanha, que visa dar resposta aos desafios das mudanças globais, e o CSIR, líder em investigação científica, desenvolve, localiza e divulga as tecnologias, de modo a contribuir para o desenvolvimento industrial e acelerar a prosperidade socioeconómica na África do Sul.
A governante deu a conhecer que o programa GMES e África, a União Africana e a União Europeia juntam esforços dos seus sistemas de Observação da Terra para dar resposta às necessidades globais, gerir o ambiente, compreender e mitigar os efeitos das alterações climáticas, garantir segurança civil e fornecer informações aos decisores políticos, cientistas e aos sectores público e privado.
"A observação da terra é fundamental para a busca de soluções, através da ciência e da tecnologia espacial, para encarar os desafios globais urgentes para a humanidade, nomeadamente a segurança alimentar, o fornecimento de água de qualidade, energia, a segurança e a defesa nacional, as alterações climáticas, a saúde global e as crises humanitárias”, assegurou.
Acrescentou que o Planeta clama por acções imediatas e o cumprimento das metas estabelecidas para o desenvolvimento sustentável da Agenda 2030.
Por seu turno, em representação do representante da União Europeia (UE), Danilo Barbero garantiu apoio para fortalecer a capacidade dos países africanos no uso de dados einformações resultantes da observação da terra, para o desenvolvimento sustentável.
"A União Europeia está interessada em acompanhar o desenvolvimento do Programa de Monitoramento Global para o Meio Ambiente e Segurança em África (GMES & África), de modo a gerir riscos associados aos desastres naturais, com implementação de políticas eficazes”, lembrou.
Danilo Barbero explicou que o programa tem um impacto substancial na vida das populações, sobretudo no Sul de Angola, acrescentando que a concretização dos sistemas, serviços e gestão do ambiente, através da tecnologia espacial, é crucial para a tomada de decisões, que possam ter um impacto concreto.
"O programa de Monitoramento Global para o Meio Ambiente e Segurança em África (GMES & África) visa à promoção, capacitação, intercâmbio de conhecimentos técnicos, através de programas de formação e colaboração entre instituições angolanas, europeias e da região da SADC”, realçou.
O Workshop Regional da África Austral conta com mais de 100 participantes. Da agenda consta o treinamento de mais de 25 estudantes provenientes de vários países africanos.
O Programa GMES e África é uma iniciativa dos sistemas de Observaçāo da Terra (OT) da União Africana e da União Europeia, em resposta às necessidades globais, para gerir o ambiente, compreender e mitigar os efeitos das alterações climáticas e garantir segurança civil e fornecer informações aos decisores políticos, cientistas, sector privado e público.