A Polícia de Intervenção Rápida (PIR) é uma força de referência nacional cujos efectivos têm demonstrado coragem, determinação e bravura no cumprimento das missões, ao longo de 31 anos de existência, considerou, domingo, em Luanda o comandante-geral da Polícia Nacional.
Para a mais alta patente da Polícia Nacional, os efectivos da PIR, têm tornado possível o alcance dos objectivos que levaram à criação desta especialidade da Polícia Nacional.
PIR perspectiva elevação da preparação académica e profissional dos efectivos
A PIR tem como perspectiva, para os próximos anos, a elevação dos níveis de preparação contínua, académica e técnico profissional dos efectivos, a melhoria das condições de trabalho, modernização, reequipamento, da assistência médica e medicamentosa, construção de novos quartéis e outras acções, revelou, ontem, na Cidade do Huambo, comandante nacional da Polícia de Intervenção Rápida (PIR).
O comissário-chefe Tito Munana, que falava por ocasião do 31º aniversário deste órgão, afirmou que "o dia 4 de Junho deve, obrigatoriamente, servir não só como data festiva, mas também de profunda reflexão sobre a vida e trajectória daqueles que a vida negou continuar a caminhada e heroicamente tombaram no cumprimento do dever”.
No quadro das festividades do seu 31º aniversário, que teve como lema "Com treinamento e formação permanente PIR, pronta para a dispersão de distúrbios e combate à criminalidade violenta”, o comissário chefe lembrou que uma das tarefas da actualidade impostas pelas circunstâncias de tempo e que foi acometida a este órgão da "corporação” passa pelo rejuvenescimento e reorganização da sua estrutura. Por isso formaram em 2022, um total de 1.408 efectivos e está em curso outra acção do género.
Comando feminino
O comandante nacional da PIR disse ainda que, no ano transacto, foram criadas quatro unidades territoriais, entre as quais três comandadas por senhoras. Nesse sentido apontou também a criação de quatro destacamentos operacionais em Luanda, na perspectiva de extensão e desdobramento de serviços deste organismo.
O comissário-chefe Tito Munana fez saber que a este órgão da Polícia Nacional foi atribuída, pela primeira vez aeronaves não tripuladas (drones), que foram empregues com sucesso aquando da realização do funeral do músico Caio Mendes "Nagrelha”, o ano passado.
"Essas e outras acções figuram como as principais conquistas alcançadas nos últimos anos, ao comemorarmos mais um aniversário da nossa existência. O acto das comemorações do 31º aniversário da PIR foi marcado, além do desfile de forças em parada, por condecorações e patenteamento de novos oficiais desse organismo afecto ao Ministério do Interior (MININT).
Destacado papel importante
A governadora do Huambo, Lotti Nolika, por seu turno, ao usar da palavra no acto de celebração dos 31 anos da PIR, destacou o facto de a província do Planalto Central fazer parte da memorável história deste órgão da "corporação”, porquanto, no ano da sua criação, esta força castrense teve actuação determinante nesta parcela do território nacional.
Lotti Nolika lembrou, a título particular que a PIR, cumpriu de forma exemplar com umas das suas importantes tarefas, que foi o asseguramento da primeira visita pastoral ao país de Sua Santidade, o Papa João Paulo II, à província do Huambo.
"É de reconhecer o papel importante da PIR de garantir a ordem e segurança pública. Fazemos votos de que o reconhecimento e encorajamento sirvam de estímulo e permitam fazer com as missões que os bravos homens ainda têm pela frente sejam executadas com rigor e disciplina”, assinalou a número um do Governo do Huambo.
Lotti Nolika fez referência ao factor género dentro da corporação, destacando o empenho das autoridades, salientando que "esta realidade demonstra, claramente, o compromisso assumido internacionalmente pelo Estado angolano sobre a necessidade de equidade do género”.
Comandante enaltece defesa territorial
O comandante provincial da Polícia Nacional e delegado do Ministério do Interior na Lunda-Norte, comissário Gerson Miguel, reiterou que as autoridades vão continuar a trabalhar para o cumprimento das atribuições da corporação, afirmou, ontem, no Dundo, o comandante provincial da PIR.
Ao intervir no acto, realizado sob o lema "Com treinamento e formação permanente, prontos para a dispersão de distúrbios e criminalidade violenta”, o oficial superior declarou que a 8ª Unidade da PIR, destacada no Dundo, vai prosseguir com as acções de manutenção e reposição da ordem.
Gerson Miguel disse que as exigências em termos de especificidade da PIR, obrigam a que os efectivos fossem dotados de uma postura ideológica e preparação permanente com meios técnicos a altura para as missões combativas.
Além do asseguramento da visita pastoral do Papa João Paulo II a Angola em 1992, o Comissário Gerson Miguel informou que ao longo dos 31 anos de existência a Polícia de Intervenção Rápida teve uma actuação positiva nas missões de manutenção da Paz nos países da região da África Austral, tendo em conta a evolução que registou, fruto da cooperação com os países como, Portugal, Espanha e Rússia.
Processo de rejuvenescimento satisfaz comandante
O comandante provincial da Policia em Benguela, comissário Aristófanes dos Santos mostrou-se satisfeito com o processo de rejuvenescimento da 3ª Unidade da Polícia de Intervenção Rápida que está dotada de maior capacidade de intervenção, com mais habilidade, destreza e disposição táctica operacional.
Na ocasião, o também delegado do MININT em Benguela, frisou que, a revitalização das forças PIR, é um processo que aos poucos se vai concretizando, pelo que se vindo a testemunhar com regozijo, as reformas feitas pelo Comando Geral da Policia Nacional, no que toca a preparação técnica dos quadros, o apetrechamento das infra-estruturas e meios orgânicos, bem como da técnica e tática policial, para modernizar e rejuvenescer os quadros.
Durante a formatura geral com os efectivos da PIR, em saudação ao 31° aniversário daquela força especializa, Comandante da PIR em Benguela, subcomissário José Francisco "Cowboy", garantiu que a corporação vai estar sempre pronta a intervir a qualquer situação que justifique, sempre dentro do primado da legalidade.