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A proposta de Lei que aprova o Código do Processo de Trabalho começou a ser apreciada e discutida, segundafeira, na especialidade, pelos deputados da 1ª, 5ª e 10ª Comissões de Especialidade da Assembleia Nacional (AN).
Na ocasião, as comissões competentes, em razão da matéria, votaram a favor, sem votos contra nem abstenções, das emendas, contribuições e sugestões dos dois capítulos do diploma, que conta com 230 artigos.
Aos jornalistas, após as apreciações e discussões dos parágrafos, o secretário de Estado para a Justiça, Evaristo José Solano, apresentou duas razões que, segundo o político, servem para a aprovação urgente do referido documento. A primeira, explicou, tem a ver com o facto de as normas referentes aos procedimentos laborais estarem dispersas o que, de acordo com Evaristo José Solano, devem estar aglutinadas para uma melhor aplicação, compreensão e um serviço social de qualidade.
Por outro lado, sublinhou, diz respeito à necessidade de se actualizarem determinadas normas, sendo certo que existem dispositivos jurídicos que se encontram desactualizados e que precisam de actualização.
"Se nós aprovarmos as normas que definem certos direitos e obrigações, do ponto de vista da relação jurídico-laboral, também será necessário que se aprovem normas que nos digam que caminho seguir para a efectivação desses mesmos direitos que se criam ou que se emanam em sede da relação jurídico laboral”, comentou Evaristo José Solano. Por último, o político fez saber que, durante o plenário, foram ainda observadas as formas do processo declarativo, executivo, assim como a forma especial e comum do processo de trabalho.
Por sua vez, a deputada da 1ª Comissão afecta ao MPLA, Elizandra Coelho, sublinhou que a nível do Direito do Trabalho, o país tem uma legislação dispersa e avulsa e que, por vezes, o cidadão pode não ter o conhecimento da sua existência.