Doentes precisam do amparo da sociedade
Os participantes ao encontro de reflexão sobre a pessoa com a Síndrome de Down defenderam, na cidade de Malanje, a necessidade de se prestar mais atenção, cuidados e inserção das pessoas com Síndrome de Down nas actividades normais da sociedade.
Na abertura do encontro, o chefe dos Serviços Provinciais de Educação Especial Inclusiva, Fausto Zumba, em representação ao chefe de Departamento de Educação e Ensino, afirmou que actualmente a sociedade ainda não está preparada para melhor tratar as pessoas com Síndrome de Down, tanto no seio familiar, nas instituições escolares e no da sociedade.
Segundo o responsável, toda a pessoa tem direitos iguais, independentemente da situação em que se encontra e apelou a sociedade em geral no sentido de não discriminar as pessoas com Síndrome de Down para que os mesmos não se sintam inúteis na sociedade.
Fausto Zumba disse que o encontro, que teve lugar na semana passada. visou capacitar os participantes na forma como devem tratar as pessoas com necessidade educativa especial e principalmente com Síndrome de Down.
O chefe dos Serviços Provinciais de Educação Especial Inclusiva, explicou que o município de Malanje conta com vinte e cinco alunos com necessidade educativa especial, distribuídos em seis instituições escolares, sendo cinco alunos com Síndrome de Down em cada escola.
Referiu que a área de Ensino do Gabinete Provincial de Educação tem feito inúmeros esforços para direccionar atenção aos referidos alunos e os profissionais para responderem de forma eficaz aos alunos com necessidade educativa especial, tendo anunciado a realização de uma formação específica sobre a pessoas com necessidade de educação especial nomeadamente, surdos , visual , autismo, síndrome de Down, entre outras ,a decorrer de 9 à 14 de Abril do ano em curso. Fausto Zumba disse que a preocupação dos Serviços Provinciais de Educação Especial Inclusiva se prende com a insuficiência de mais profissionais formados na área, facto que está a impossibilitar a inserção de mais alunos no sistema normal de ensino.
Durante o encontro, promovido pelo Gabinete Provincial da Educação, que contou com a participação de docentes, trabalhadores da Acção Social, do Instituto Nacional da Criança (INAC), gestores de várias instituições escolares públicas, de creches, pais e encarregados de educação de filhos com necessidade educativa especial.
Condição génetica
A Síndrome de Down é uma condição genética, definida por um cromossomo 21 extra nas células do corpo, conhecido também por trissomia do 21.
Dentro das células, existem os cromossomos que carregam informações sobre o indivíduo, sendo que cada um tem 46 cromossomos, já aqueles com Síndrome de Down possuem 47. Na fecundação resultante de 23 óvulos e 23 espermatozoides, há origem de feto com 46 cromossomos.
Na condição, ocorre um erro na divisão celular que resulta na presença adicional de um terceiro cromossomo do par 21 nas células, muitas vezes isso ocorre na formação do óvulo ou espermatozóide que contém um cromossomo 21 a mais.
Diagnóstico
Durante a gravidez, o ultrassom morfológico que avalia a translucência nucal, medida na região da nuca do feto, ajuda a estimar a presença da síndrome, que só é confirmada com os exames de amniocentese e biópsia do vilo corial. Após o nascimento, um exame clínico do cariótipo (estudo dos cromossomos) pode comprovar a Síndrome de Down.
Características
Entre as características físicas constam olhos amendoados, rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar, orelhas pequenas, dificuldades motoras, língua protusa (para fora da boca), estatura baixa, doenças cardíacas e comprometimento intelectual.