Taiwan defende a sua soberania perante ameaças de Pequim

 

Taiwan defende a sua soberania perante ameaças de Pequim

Taiwan defendeu, terça-feira, a sua soberania em resposta às ameaças chinesas motivadas pelo encontro entre a líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.

05/04/2023  ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 10H26
Taiwan defende a sua soberania perante ameaças de Pequim © Fotografia por: DR

O ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan afirmou, em comunicado, que o território nunca fez parte da China e que as acusações de Pequim são cada vez mais absurdas.

"Taiwan, a República da China, é um país soberano e tem o direito à auto-determinação no desenvolvimento das suas relações com outros países", lê-se na mesma nota. "Não aceitamos a interferência ou repressão por parte de nenhum país por qualquer motivo e não vamos limitar as nossas escolhas devido a intimidações”.

A Presidente de Taiwan vai fazer uma paragem nos Estados Unidos, no regresso de uma viagem à América Central, onde se encontrou com os líderes da Guatemala e Belize, dois dos 13 países no mundo que mantêm relações diplomáticas com Taipé. A parte politicamente mais sensível da viagem vai ser a reunião com Kevin McCarthy, em Los Angeles.

Situada no Oceano Pacífico, a mais de 100 quilómetros da China continental, Taiwan integrou a República da China, sob o Governo nacionalista de Chiang Kai-shek, após a Segunda Guerra Mundial.

Depois da derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, o regime que passou então a vigorar no continente chinês.

A China considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força para assumir controlo sobre a ilha.

Pequim considera qualquer contacto oficial entre os líderes de Taiwan e autoridades estrangeiras como uma violação da sua soberania.

A viagem de Tsai é uma tentativa de demonstrar que o seu Governo tem apoio internacional e ocorre apenas uma semana depois de as Honduras terem anunciado o corte dos laços com Taiwan, para estabelecer relações com Pequim, possivelmente motivado por um projecto hidroeléctrico no valor de 300 milhões de dólares, no centro das Honduras, construído por uma empresa chinesa.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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