Obras do Memorial de Cassinga decorrem a um ritmo satisfatório


O ministro namibiano da Defesa e Assuntos dos Veteranos, Frans Kapofi, enalteceu, na cidade do Lubango, o grau de execução e a qualidade das obras de construção do Memorial de Cassinga, localizada no município da Jamba, a 315 quilómetros da sede da província da Huíla.

Frans Kapofi, que falava, quinta-feira, num encontro da comissão Angola-Namíbia criada para a construção do Memorial de Cassinga, disse que "o actual estado das obras galvanizou todos pelo facto do local apresentar uma imagem cativante e garantir o cumprimento dos prazos acordados com o empreiteiro”.

O ministro da Defesa e Assuntos dos Veteranos da Namíbia, que considerou Angola a segunda casa para os namibianos, tendo em conta os factores históricos que culminaram com a conquista da Independência das terras de Sam Nujoma, disse que o memorial em construção visa honrar todos aqueles que se debateram pela liberdade.

"Estamos satisfeitos com o facto das obras estarem na fase de conclusão”, expressou, para enfatizar que os dois Estados se empenham na criação de estratégias para uma melhor gestão do espaço, assim como criar as condições de segurança efectiva da área, que possui um jazigo construído de acordo com os valores culturais do povo namibiano.

Frans Kapofi considerou que o empreendimento de Cassinga, além de homenagear os heróis da Namíbia, serve também de marco para continuar a promover e a consolidar as relações de "boa vizinhança entre os dois Governos e povos”. O Memorial visa homenagear os mais de 600 refugiados namibianos massacrados num bombardeamento do exército do antigo regime de segregação racial da África do Sul, em 1978.

Relatos de algumas testemunhas revelaram que as bombas de vários calibres da aviação sul africana foram lançadas a 4 de Maio de 1978, das 5 às 18 horas, num campo de refugiados namibianos, tendo causado dor, luto e pânico nas famílias nativas da comuna de Cassinga, província da Huíla.

O Jornal de Angola soube que, apesar das obras em curso, numa das áreas dos 60 hectares cedidos pelas autoridades angolanas, dezenas de namibianos e sul-africanos visitam o local, principalmente, no mês em foi consumado o bombardeamento dos caças Mirage sul-africanos. Os refugiados provenientes de 14 províncias namibianas chegaram à localidade de Cassinga, em Março de 1976, em consequência do conflito armado que assolava a Namíbia.

Abrigados em território angolano, os refugiados foram perseguidos e assassinados, a 4 de Maio de 1978, que resultou na morte de cerca de 600 pessoas, entre civis e militares, tendo sido enterrados em duas valas comuns.

A Namíbia tornou-se independente a 21 de Março de 1990.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

• Desejo fazer parte da equipe e actuar na ária de informática. Acredito que poderi executar meus conhecimentos teóricos e práticos e ajudar no crescimento da empresa e do grupo de trabalho.

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem