Casos de hipertensão arterial continuam a alarmar médicos


As equipas médicas da maioria dos hospitais da capital do país continuam a apelar às famílias para redobrar os cuidados com os hipertensos, para evitar o quadro actual, marcado por um aumento dos casos de mortes.

O Hospital Geral de Luanda continua a registar o aumento do número de pacientes com problemas de hipertensão, alguns dos quais terminam em acidente vascular e, consequentemente, em morte. No balanço da semana finda, os números apontam para quatro mortes, entre os 141 pacientes atendidos.

O director clínico da instituição, Magalhães Sobrinho, lamentou pelo número de doentes que chegam em estado grave ao hospital e pediu mais atenção dos familiares para evitar situações piores. "É um apelo frequente, que deve continuar a ser feito, pois é preciso que ao primeiro sinal de hipertensão os familiares se dirijam às unidades hospitalares mais próximas para evitar qualquer quadro clínico pior”.

Ao longo da semana passada, continuou, o hospital atendeu um total de 7.775 pacientes, dos quais 513 acabaram por ficar internados. Além disso, avançou, as equipas médicas estão em alerta com o crescente número de pacientes com diagnósticos de malária.

"Só na semana finda foram um total de 594 pessoas, cujos exames acusaram positivo para o paludismo”, disse, adiantando que as preocupações dos especialistas incluem ainda os síndromes febris, com 431 casos registados, as doenças respiratórias agudas, com 216, e as diarreias agudas, com 116 ocorrências.

Outra questão preocupante, explicou, continua a ser os casos de traumatismo, que tendem a apresentar números alarmantes todas as semanas. Na última semana, esclareceu, o Hospital Geral de Luanda atendeu 947 pacientes com traumas, dos quais 429 em consequência de quedas, 169, resultantes dos choques de viaturas na via pública, 124 por agressões físicas e 75 devido a atropelamentos. "São números que podem ser evitados. É preciso que as pessoas redobrem mais a atenção”.

 

Malária em Cacuaco

A direcção do Hospital Municipal de Cacuaco continua preocupada com o aumento considerável dos casos de malária, disse ontem a directora geral.

A médica Anizeth Kutatela disse que de um total de 3.875 pacientes atendidos na semana passada, 475 deles foram diagnosticados com malária. "É necessário que redobremos a atenção e a prevenção contra a malária, principalmente nesta época de chuva”, aconselhou.

Actualmente, destacou, o hospital continua a receber muitos pacientes em estado crítico. A semana passada, disse, atenderam 1.224 pacientes no banco de urgência”, explicou, acrescentando que é importante que a população procure os cuidados médicos no princípio da patologia, a fim de evitar danos maiores.

Outras inquietações além da malária, foram os casos de doenças diarreicas agudas, com 91 ocorrências, síndrome gripal, com 89, febril, com 42, hipertensão, com 25, e doenças respiratórias agudas, com 16. "Assistimos também a 70 casos de acidentes de viação”.

 

Febres nos Cajueiros

O Hospital Geral dos Cajueiros atendeu, na semana passada, um total de 706 pacientes com febre, disse o director clínico.

Bernardo Teixeira avançou que os casos de síndrome febril continuam a preocupar a equipa médica do hospital. "Os números tendem a aumentar a cada dia que passa. Vamos continuar a apelar à prevenção e cuidados principalmente nesta época do ano”, referiu, além de destacar que outras patologias, como a gripe e malária, também têm merecido uma atenção especial dos especialistas.

"O facto de termos atendido em uma semana, 538 pacientes com gripe e 449 com malária é bastante preocupante”, avançou. O hospital, continuou, socorreu igualmente, 106 pacientes de traumas e 249 com hipertensão.

 

Acidentes no Cazenga

A equipa médica do Hospital Municipal do Cazenga atendeu, na semana passada, 131 pacientes por trauma, informou a directora geral.

Nilza de Sousa disse que do total de pacientes atendidos, constam 42 por acidentes de viação e 14 por atropelamentos. "Os números de vítimas de acidentes nas estradas tendem a subir. Temos que redobrar a atenção, em particular os automobilistas e os peões”, recomendou.

O hospital socorreu também, 410 pacientes na pediatria, 407 em medicina, assim como realizou 161 cirurgias e assistiu 143 grávidas na maternidade.

 

Alertas no Ngangula

As equipas médicas do Hospital Geral Especializado Augusto Ngangula continuam preocupadas com o número de mulheres que acorrem, no último minuto, aos bancos de urgência. Na semana passada, informou a médica Kinfumu Balazão, este serviço atendeu 778 gestantes, das  quais 18 apresentaram sinais de pré-eclâmpsia.

"É preciso trabalhar mais com algumas gestantes, para se controlar este tipo de casos, uma vez que as consequências podem ser graves e, às vezes, mortais”, disse, acrescentando que na semana passada tiveram quatro casos de eclâmpsia. Outra preocupação, avançou, é o número de mulheres gestantes com malária, 11 no total. "São situações que devem ser evitadas, especialmente pelas gestantes”.

 

Partos no Kilamba Kiaxi

Durante a semana finda, o Hospital Materno Infantil do Kilamba Kiaxi realizou um total de 231 partos, disse a directora clínica, Rosa André, que lamentou o facto de terem registados 23 abortos e internado 260 gestantes.

Para Rosa André, é preciso que a mulher gestante siga o calendário recomendado das consultas para evitar complicações durante e após o parto.

A maternidade, avançou, atendeu um total de 6.271 pacientes, das quais 624 no banco de urgência e 564 nas consultas externas. "Só na pediatria socorremos 581 crianças e tivemos que internar 69, entre as quais, infelizmente, quatro foram a óbito”, lamentou.

 

Neves Bendinha assiste 28 vítimas

O Hospital Geral  Especializado Neves Bendinha atendeu, durante o final de semana, um total de 28 pacientes, informou, ontem, o responsável pelo gabinete de comunicação institucional. Alberto Luzembo disse que dos 28 pacientes atendidos, 18 eram crianças e dez adultos.

Na área de internamento, referiu, têm cinco pacientes, com queimaduras em 88 por cento do corpo. "O número de crianças com queimaduras por líquidos quentes continua a preocupar a instituição”, lamentou. Quanto às causas dos acidentes, adiantou, a maioria tem sido por acidentes domésticos, com realce para queimaduras por líquidos quentes, com dez casos, um acidente por fogo, dois casos de choque elétrico e três casos de queimadura por gás butano. Aos pais e encarregados,  Alberto Luzembo pediu maior atenção com a electricidade e verem as tomadas se estão protegidas, assim como a evitarem ter líquidos quentes na presença das crianças durante a preparação dos alimentos.

 

Hospital do Zango atende 666 doentes

O Hospital Municipal do Zango atendeu, durante o final de semana, um total de 666 pacientes,  informou ontem, a directora geral da instituição.

Elsa Ambrósio disse que no banco de urgência foram atendidas um total de 607 e na área de clínica geral 199 pacientes, diagnosticados com diversas patologias, com realce para 255 com malária e dez com hipertensão arterial.

Na área de pediatria, disse, foram assistidas 171 crianças, das quais 28 com doenças diarreicas agudas e seis casos de sintomas gripais.

No mesmo período, referiu, foram atendidos em Ortotraumatologia 83 pacientes, dos quais 34 por acidente de viação, seis por agressão física e um por ferimento de arma branca.

A directora avançou que no banco de urgência da maternidade deram entrada 154 gestantes, das quais 43 tiveram já os partos.

 

Emergências médicas socorrem  923 cidadãos

O Instituto  Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA) socorreu 923 cidadãos, na semana passada, em todo país, por patologias diversas, informou, ontem, o director da instituição.

Azevedo Ekumba disse que a província do Cuanza-Norte liderou o número de ocorrências, com o registo de 94 casos.

Entre os socorridos, adiantou, 489 foram casos de clínica geral e 247 por traumas, resultantes de acidentes de viação e quedas. Além destes, a equipa socorreu 88 casos de obstetrícia, 14 pediátricos e dois psicológicos.

O INEMA, continuou, ajudou a efectuar transferência inter-hospitalar de 199 pacientes, assim como o asseguramento inter-provincial de nove.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

• Desejo fazer parte da equipe e actuar na ária de informática. Acredito que poderi executar meus conhecimentos teóricos e práticos e ajudar no crescimento da empresa e do grupo de trabalho.

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem