O secretário de Estado para a Juventude, Francisco Boaventura Tchitapa, considerou, em Moçâmedes, que a resolução dos problemas da juventude obedecem o princípio da transversalidade que implica o envolvimento de outros departamentos ministeriais, mas que com os quais têm estado a trabalhar na melhor articulação possível para “proporcionar um melhor futuro aos jovens”.
Francisco Boaventura Tchitapa disse acreditar que, trabalhando para os jovens e com os jovens, "é possível atender às suas necessidades de forma mais concreta”.
Para o secretário de Estado, Angola é uma Nação Democrática e de Direito, o que significa que cada um de nós goza de liberdades e direitos, como a liberdade de expressão e de escolha. Isto, acrescentou, não significa que, devemos extrapolar os limites da própria liberdade, pois, "a minha liberdade termina onde começa a do outro”.
Realçou que o país precisa de uma juventude comprometida com a causa da preservação das grandes conquistas alcançadas: a Independência Nacional e a Paz. Por isso, adiantou, é de todo necessário que "trabalhemos” continuamente para a moralização e harmonização da sociedade.
"Queremos reafirmar em nome do Executivo angolano, liderado por sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República, o nosso firme engajamento na promoção e manutenção do diálogo construtivo e abrangente com todos os actores relevantes da sociedade e do movimento associativo juvenil angolano”, frisou, para quem a instituição vai continuar no engajamento da materialização de políticas públicas comprometidas com o desenvolvimento integral da juventude.
Essas mesmas políticas públicas circunscrevem-se em programas de orientação económica da juventude – este, que visa facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho mediante a formação profissional para o fomento do auto-emprego, empreendedorismo juvenil, promoção do cooperativismo e educação financeira. Quanto ao Programa de Orientação Social da Juventude, visa igualmente "melhorar a qualidade de vida dos jovens”, no sentido de prevenir o surgimento de comportamentos de riscos que afectam a juventude, notadamente, a delinquência juvenil, gravidez precoce, alcoolismo, prostituição, imediatismo e as doenças sexualmente transmissíveis.
O secretário de Estado para a Juventude falou ainda do programa "Mais Cidadania, Mais Angola”, disse se tratar de um programa que promove a cidadania, o patriotismo e a cultura da paz no seio da juventude, esperança, tolerância e civismo.
Habitação
Em relação à habitação, o secretário de Estado para a Juventude afirmou que o Executivo continua empenhado em garantir a implementação da quota de 20 por cento para os jovens em todos os projectos habitacionais construídos com fundos públicos, "o que tem realizado o sonho de muitos jovens na obtenção da casa própria”, tendo esse processo beneficiado, até ao momento, mais de 8.000 (oito mil) jovens nas 14 centralidades existentes no país.
Além das políticas existentes, o Executivo "irá trabalhar”, igualmente, nas infra-estruturas de terrenos para auto-construção dirigida, comentou Francisco Tchitapa, que, ao deixar uma palavra de conforto às organizações juvenis, admitiu que o Ministério da Juventude e Desportos reconhece o grande papel na ocupação útil dos tempos livres dos jovens, defendendo mais "diálogo para encontrar estratégias que visam capitalizar as suas acções”. "Entendemos que precisamos dialogar mais”, sustentou.
O dirigente agradeceu a todos que directa ou indirectamente contribuíram para a realização exitosa do acto, em particular, o Governo da Província do Namibe e o Conselho Nacional da Juventude, sublinhando não existir nenhuma dúvida de que o Namibe é de facto a "terra da felicidade”, pelo "ambiente sereno” que lhes transmitiu e pela "força vibrante” da sua juventude.
Francisco Boaventura Tchitapa considerou este grande acto como "festa da juventude”, para quem o 14 de Abril, Dia da Juventude angolana, é uma data sempre memorável que homenageia o "melhor recurso estratégico” do país – a juventude -, constituindo por isso um "marco importante” na reafirmação e reconhecimento do seu papel como factor indispensável para o desenvolvimento do país.
Responsabilidade na busca de objectivos
A vice-governadora do Namibe para o Sector Político, Económico e Social, Anica de Sousa, entende ser fundamental que cada jovem seja o protagonista de sua própria vida, o que significa ter controlo e responsabilidade sobre as escolhas e acções, bem como assumir um papel activo na busca por objectivos e sonhos.
Para a governante, os jovens que são os protagonistas de suas próprias vidas têm mais probabilidade de contribuir para a sociedade de "maneira positiva”, tendo a possibilidade de se tornarem líderes, empreendedores e agentes de mudança, jovens patrióticos que reflectem o engajamento em questões nacionais e demonstram amor e comprometimento com o seu país. Jovens que conhecem os seus direitos e deveres como cidadãos e estão dispostos a trabalhar em prol do bem comum.
De acordo com a vice-governadora do Namibe para o Sector Político, Económico e Social, uma juventude com consciência cívica e valores agregados é aquela que apoia iniciativas que promovem o desenvolvimento do país, o respeito às leis e às instituições do Estado, defende os valores culturais e históricos da nação, construindo uma sociedade mais justa e igualitária, livre de corrupção e violência.
Anica de Sousa reconheceu a juventude como a "força vital da nação”, atribuindo-lhe um papel crucial no desenvolvimento do país. "Os jovens são os principais agentes de mudança na sociedade, pois agregam ideias inovadoras, energia e motivação para construir um futuro melhor”, aludiu a vice-governadora do Namibe, para quem a juventude é, igualmente, a "força motriz” que garante a prosperidade e a segurança do país.
A dirigente referiu que para um desenvolvimento harmonioso de Angola, é "imprescindível” que a juventude seja, por um lado, verdadeiramente activa, o que se traduz em jovens que são proactivos e participativos em suas comunidades e na sociedade em geral.
Acções prioritárias
A vice-governadora do Namibe para o Sector Político, Económico e Social, Anica de Sousa, disse que o Governo local definiu, no seu plano de trabalho, acções prioritárias para a juventude, com destaque o acesso à formação básica de qualidade e técnico-profissional com o objectivo de garantir o direito à educação de qualidade, à formação integral e ao desenvolvimento pessoal, bem como capacitar os jovens para o mercado de trabalho e vida profissional.
Argumentou que o Governo angolano tem a responsabilidade de garantir que os jovens angolanos tenham acesso às oportunidades e recursos necessários para alcançar o seu potencial e contribuir para o desenvolvimento do país. Esta responsabilidade, afirmou, reflecte-se nos vários projectos e programas que têm sido criados para fomentar a habitação juvenil, a educação, o emprego, o acesso à saúde, ao crédito bancário, à participação política e muitos outros, enfatizou Anica de Sousa.
No âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios, Anica de Sousa revelou que foram construídas 15 novas estruturas escolares nos diferentes municípios. Das acções realizadas e em curso no âmbito da implementação do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), na província, destacou as formações profissionais de curta duração "Avanço” e "Capacita”, que abrangeram cerca de 4.500 jovens, "contribuindo significativamente” para o desenvolvimento sustentável.
Quanto ao Programa de Incentivo ao Empreendedorismo (Microcrédito), a vice-governadora revelou que, no âmbito do lançamento da quarta fase, o Governo apoiou 22 cooperativas que exercem actividades de pescas, transformação de pescado e similares e, igualmente, jovens com iniciativas de negócios, tendo-se beneficiado de microcréditos.
Já no âmbito do Programa de Fomento e Desenvolvimento Económico, especialmente o Planapescas, Planapecuária e Planagrão, disse estarem a ser preparadas condições para a sua implantação, podendo garantir um "aumento significativo” do número de emprego e oportunidades para os jovens namibenses.
Anica de Sousa defendeu, ainda, ser fundamental que haja um diálogo aberto, de paz, e contínuo entre o Governo e a juventude para que "possamos trabalhar juntos” em prol de um futuro melhor e mais próspero para todos os angolanos.
Para a vice-governadora, embora existam desafios e obstáculos legítimos que os jovens enfrentam, a abordagem da vitimização pode criar uma "mentalidade negativa” e passiva, onde os jovens "se vêem como impotentes e incapazes” de afectar positivamente as suas próprias vidas. Para isso, reiterou ser fundamental que cada um seja o protagonista de sua própria vida.
O Dia da Juventude angolana foi comemorado, este ano, sob o lema: "Juventude Activa e Patriótica, Protagonista do Desenvolvimento Sustentável”.