Mercado do Chapanguele vai reabrir este ano com milhares de vendedores

  

Mais de 3 mil vendedores vão, ainda este ano, ter acesso ao novo mercado de Chapanguele, no município do Lobito, província de Benguela, informou, recentemente, o governador provincial, no final da visita às obras das infra-estruturas em curso nos municípios do litoral.

Luís Nunes disse que o objectivo é terminar o mais rápido possível a obra, para pô-la ao serviço dos utentes.

Assegurou que o governo da província apostou na reabilitação do mercado do Chapanguele, onde milhares de feirantes vão deixar de vender a céu aberto para passar a fazê-lo com   condições de higiene e conservação.

Segundo o governador provincial de Benguela, o objectivo é tirar toda a gente que vender nas ruas.

"Não queremos gente a vender na rua”, garantiu, acrescentando que se vai implementar um outro programa mais alargado, para que, além da construção do mercado da Chapanguele, em curso, construir mais seis mercados nos municípios de Benguela e Lobito, para resolver esse problema”.

O governador de Benguela informou que o objectivo é colocar as pessoas a vender em locais mais dignos e com condições apropriadas, sendo que as obras criaram mais de 200 empregos directos.

De acordo com Luís Nunes, no Chapanguele, o novo mercado vai permitir a criação de milhares de postos de trabalho.

"Passamos pelo mercado de Chapanguele, está uma obra formidável, nós entendemos que acabemos o mais rápido possível para pôr ao serviço das nossas populações, durante este ano”, disse, acrescentando que se vai fazer tudo por tudo para terminar o mercado de Chapanguele, o mais rápido possível.

 

Ansiedade dos vendedores

Os vendedores do emblemático mercado informal do Chapanguele, no município do Lobito, por sinal o segundo maior da província de Benguela, que, actualmente, se encontram a vender numa zona provisória, estão ansiosos a vender numa área com condições cómodas e dignas.

No local, homens e máquinas desdobram-se com os trabalhos que visam terminar, o mais rápido possível,  instalação do mercado condigno, visando proporcionar melhores condições de habitabilidade a todos

Segundo Paulo João, um dos jovens que garante ter o seu espaço garantido no novo mercado, disse que a configuração do mercado, mesmo ainda em obras, já orgulha.

Reconheceu que o mercado do Chapanguele é o mais antigo e faz parte da história económica da província de Benguela, e, no Lobito, situa-se entre os bairros da Canata, Africano e Bela Vista e a sua actividade principal é o comércio informal de bens diversos e serviços.

Para o moto-taxista António Cabral, o novo mercado vai atrair mais compradores e vai ser uma oportunidade de negócio, também, para os que fazem serviço de táxi.

Por sua vez, Joaquina Vela, vendedora de peixe fresco, com o novo mercado, vai conservar melhor o peixe. "Não teremos a necessidade de levar o peixe que restar para casa, porque no mercado vai haver câmaras de conservação e produção de gelo em grande escala”, disse.

 

  Trabalhos decorrem sem sobressaltos

O director de obra adjunto, Célio Carlos, explicou que os trabalhos de montagem do novo mercado decorrem sem sobressaltos.

Disse que o mercado vai ter quatro estruturas de cobertura metálica. Assegurou que o trabalho da estrutura metálica da nave com  dois já concluídos e decorrem, no interior da mesma nave, trabalhos de colocação das caixas de águas pluviais.

Decorrem, também, trabalhos de acabamentos na zona onde vão funcionar os serviços administrativos, num mercado que conta com quatro naves.

"Estamos a fazer, igualmente, trabalhos de cobertura no edifício de refrigeração três, além da continuidade dos trabalhos de colocação de caixas das águas pluviais nas ruas exteriores”, disse, depois de garantir que a obra está em continuidade.

Explicou que havia uma previsão inicial, porém, houve a necessidade de se fazer, junto da equipa técnica, o balizamento do planeamento, e a previsão da entrega definitiva do mercado está previsto para Novembro do ano em curso.

A obra, disse Célio Carlos, começou com várias actividades e, em função da realidade, fez-se o recrutamento, acrescentando que à medida que a obra vai decorrendo, certas actividades deixam de existir.

"Nunca houve despedimento, mas sim, são mãos de obras que são contratadas para executarem certas actividades específicas, quando termina o pessoal deixa de exercer essa função”, esclareceu.

 A obra começou em Abril de 2022 e já foram colocadas várias bancadas com 3 metros e 85 centímetros cada.

Além de bancadas, Célio Carlos garantiu que  o mercado vai dispor de um parque de estacionamento para mais de 200 viaturas e vai contar também, com três edifícios de refrigeração para congelação e conservação de frescos.

Foram construídos dois edifícios com capacidade de fabricar mais de 5 mil quilogramas de gelo diariamente para cada um, vai ter ainda, zonas para confecção e venda de alimentação, para os alfaiates, fardo, entre outros.

Afirmou que o mercado é muito frequentado pela população do Lobito, que ali adquire produtos do campo, desde hortícolas a animais, e vão ser criadas outras valências no interior, e na cintura verde existente, sobretudo, no Cavaco.

Vai ser uma mais valia para um ponto de referência dos moradores e visitantes da cidade.

A zona do Chapanguele vai albergar um parque reservado a indústrias não poluentes, para absorver o excedente da produção da região e trazer mais rendimentos para as populações.

Destacou a importância da população em manter a urbe limpa, numa altura em que as obras estão a cargo da empresa Casais Angola.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

• Desejo fazer parte da equipe e actuar na ária de informática. Acredito que poderi executar meus conhecimentos teóricos e práticos e ajudar no crescimento da empresa e do grupo de trabalho.

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