Presidente chinês pede aos militares mais treino de combate real
"É necessário considerar e resolver de forma consistente as questões militares de um ponto de vista político e conduzir uma luta militar inabalável com flexibilidade, aumentar a capacidade de responder de maneira oportuna e apropriada a situações difíceis”, disse Xi, segundo a Televisão Central da China (CCTV, na sigla em inglês).
O Presidente chinês enfatizou a necessidade de proteger resolutamente a soberania territorial, os direitos marítimos e os interesses do país, assim como se esforçar para manter a estabilidade geral nas áreas ao redor da China.
Xi acrescentou que os militares também precisam aumentar o nível de treinamento e as capacidades reais de combate.
Os militares devem "defender vigorosamente a nossa soberania territorial e os direitos e interesses marítimos da China, e manter a estabilidade global da nossa vizinhança”, disse Xi Jinping, segundo a agência francesa AFP.
A China considera Taiwan uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto do território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.
A ilha, conta actualmente com 23 milhões de habitantes, vive autonomamente desde então, mas Pequim reclama a soberania e ameaça tomá-la pela força se declarar a independência.
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, esteve nos Estados Unidos na semana passada, onde se reuniu com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
Pequim considerou o encontro como uma provocação.
A China está descontente com a aproximação nos últimos anos entre as autoridades de Taiwan e os Estados Unidos, apesar da ausência de relações formais entre Taipé e Washington.
No verão passado, a China realizou manobras militares sem precedentes em torno de Taiwan e disparou mísseis em resposta a uma visita à ilha de Nancy Pelosi, a antecessora de McCarthy na Câmara dos Representantes.
Os comentários de Xi também coincidiram com o início dos maiores exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e das Filipinas.