A Força Regional da Comunidade da África Oriental (AEACRF), estacionada no Leste da República Democrática do Congo (RDC), afirmou, esta terça-feira, que o cessar-fogo naquela região desde há um mês, “fez aumentar significativamente” a retirada do Movimento 23 de Março (M23).
O porta-voz dos rebeldes, Willy Ngoma, disse à BBC que os seus combatentes estão a deslocar-se para áreas marcadas para a M23 como parte de um processo de paz mediado por líderes regionais.
O M23 declarou em várias ocasiões que só concordará em desarmar após um processo de diálogo com as autoridades da RDC, embora o Presidente do país, Felix Tshisekedi, tenha excluído esta possibilidade, levantando dúvidas sobre a viabilidade do cessar-fogo e a possibilidade de este conduzir a uma paz duradoura.
O M23 é um grupo rebelde constituído principalmente por tutsis da RDC e que opera principalmente na província do Kivu do Norte.
Após um conflito entre 2012 e 2013, a RDC e o grupo assinaram um acordo de paz em Dezembro.
O M23 lançou uma nova ofensiva em Outubro de 2022, que se intensificou em Novembro, provocando uma crise diplomática entre a RDC e o Rwanda por causa do seu papel no conflito.