Pelo menos mais de 80 toneladas de café arábica poderão ser colhidas este ano por pequenos produtores familiares do município do Andulo, na província do Bié, na campanha agrícola que arranca este mês.
Paulo Chissonde afirmou que para a implementação deste programa, foram criados viveiros comunitários com mais de 50 mil pés, através da assistência técnica do Instituto Nacional do Café (INCA), junto dos produtores locais definidos.
Para o responsável do sector da agricultura local, as 80 toneladas de café a serem colhidas este ano representam bons indicadores para o aumento do rendimento da produção, contra as cinco toneladas do produto colhidas o ano passado.
Por outro lado, fez saber que a falta de máquinas de descasque de café, bem como a actual descapitalização dos agentes cafeicultores, são factores que concorrem para a paralisação da produção na maior parte dos campos de plantação do café na região.
No Andulo, as principais zonas de cultivo do café são as povoações de Lucucu, Canduvene, Epandi, Chicala-Galileia, Chicumbi, Taka, Etunda-Chivangue, principalmente.
Já há alguns comerciantes provenientes de Luanda e Benguela a exportarem o café arábica produzido no Andulo, através do Porto do Lobito para a Europa, segundo Paulo Chissonde, que, contudo, não especificou as quantidades do grão vermelho despachadas por estes canais. A variedade arábica é muito procurada pelos consumidores do médio oriente.
Segundo o historial da região do Andulo, em 1973, isso ainda antes da conquista da Independência Nacional, o Andulo conseguiu colher cinco mil toneladas de café. O café arábica produzido no município do Andulo é uma espécie proveniente da Etiópia.