Ao todo, 80.000 toneladas de cereais, notadamente massango, massambala e milho branco e vermelho estão a ser colhidos, pela primeira vez, após a pandemia da Covid 19, no município de Quipungo, localizado a 120 quilómetros a Oeste da cidade do Lubango, província da Huíla, pelas associações de produtores agrícolas.
Jardel da Fonseca referiu que a perspectiva de colheita das autoridades locais, cifrou-se em 200 mil toneladas de produtos diversos, mas devido à estiagem registada no mês de Fevereiro do corrente, influenciou negativamente na redução significativa das colheitas.
"O município de Quipungo permaneceu mais de 18 dias sem quedas pluviométricas, no mês de Fevereiro, e a situação agravou-se, em Março, com 14 dias sem chuvas”, disse, para descrever que quando qualquer fenómeno natural afecta directamente os cereais passa a ser preocupação no seio dos produtores.
O director municipal da Agricultura fez ainda saber que a produção de cereais foi sempre a principal actividade dos munícipes de Quipungo que estão neste momento enquadrados em 128 associações agrícolas e 35 cooperativas que se empenham na materialização de acções relacionadas com o aumento da lavoura.
Jardel da Fonseca descreveu que a retoma gradual da produção de cereais, motiva as autoridades locais a um acompanhamento eficaz da actividade de cada produtor com disponibilidade de assistência técnica, preparação de solos e conservação dos produtos.
"Esclarecemos que a procura dos cereais já é acentuada em consequência do conflito na Ucrânia tida como umas das maiores produtoras do mundo dos produtos em referência”, descreveu, para realçar que a zona de Chikunku produz quantidades consideráveis de milho, massango, massambala e feijão.
Enalteceu os dois camiões entregues pelo Executivo aos produtores do município do Quipungo por estarem a facilitar o escoamento dos produtos do campo para além da Huíla as províncias do Namibe, Huambo, Benguela e outras onde a procura de cereais tem sido acentuada.
De acordo com o responsável da Agricultura, afluem com regularidade ao município de Quipungo, clientes de vários pontos do país com realce para as províncias do Namibe, Benguela, Huambo, Cuanza Sul, onde a maioria compra para revender nas fases de escassez.
Consta ainda que as mais de 195.334 toneladas de milho branco e amarelo começam, no final do corrente mês, a ser colhidas em diversas zonas produtivas da província da Huíla por diversas associações de camponeses que exploraram dezenas de hectares férteis na primeira fase da campanha agrícola 2022/2023.