O economista Edson Chilombo, residente no município do Lobito, em Benguela, afirmou que o Executivo tomou esta medida, visando soluções de melhoria da qualidade de vida das populações.
"Havia um brutal choque nas finanças, quer públicas como na dos particulares, com efeitos negativos. No fundo, esta correcção é bem-vinda para todos, pois no futuro todos sentiremos os benefícios dos sacrifícios do presente”, disse.
Edson Chilombo destacou ainda que "entre o momento social que se vive e as dificuldades económicas que a subvenção gera, é claro que a medida tomada esta à altura do momento”.
Os subsídios custam milhões de kwanzas aos cofres públicos. Por isso, foi boa a medida, pois conforme o processo seguia, alimentava o contrabando de combustíveis, para países vizinhos, que em muito se beneficiavam com os preços praticados no país.
O Governo angolano e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concertaram posições quanto ao fim dos subsídios aos combustíveis, que só seria aplicado em simultâneo com um programa de transferências sociais para as famílias mais vulneráveis. Foi feito agora e devemos aguardar pelos resultados, avançou
"Foram revistos os prós e os contras para o reinício da retirada das subvenções. Chegou o momento e aguardemos o impacto, que julgo que será positivo”, disse.
Actualização de preço vai reflectir na vida do cidadão
O Governo angolano aprovou uma série de medidas que visam acautelar o impacto das reformas na vida dos cidadãos, e isto é muito bom para a melhoria da qualidade vida dos angolanos, disse o "lobitanga”, Mário Joaquim.
"Nós ficamos a reclamar que a vida não melhora. Então, com a medida tomada, que acho acertada, o Executivo vai ter mais folga nos recursos à disposição e investir em políticas para retirar o país da actual situação que é menos boa”, disse.
Mário Joaquim disse apesar da subida da gasolina acontecer num país produtor de petróleo, com as refinarias em construção, em breve, a sociedade vai sair a ganhar.
"Milhares de famílias vulneráveis poderão vir a beneficiar para iniciar actividades geradoras de renda em áreas como a agricultura, pecuária, pesca, artesanato, cultura, turismo rural e ambiente” disse.
De acordo com o munícipe do Lobito, foi bom pensar na continuação da subvenção da tarifa dos taxistas e mototaxistas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas por cada litro da gasolina.
Esta medida à partida demonstra a boa fé do Executivo, que visou proteger os mais desfavoráveis, pois os "kupapatas” têm sido o meio de transporte que deixa as pessoas à porta de casa e a qualquer hora.
Com este programa do Executivo, manifestou Mário Joaquim, o Governo vai empregar mais recursos para a melhoria do rendimento dos cidadãos.
Por mim, foi desnecessário os automobilistas afluírem às bombas de combustíveis na quinta-feira passada. "A medida está tomada e vamos ter de conviver, doravante, com ela já que é uma subida gradual. Como na vida, tudo gera reacções positiva ou negativa, o tempo vai encarregar-se de suprir os efeitos negativos e fazer prevalecer o ponto de vista positivo”, conclui Mário Joaquim.