O Governo britânico ordenou que a China feche “esquadras de polícia clandestinas” que operam no Reino Unido, que deveriam fornecer serviços administrativos, mas são acusadas de também serem usadas para deter opositores ao regime de Pequim, foi ontem divulgado.
Em resposta, as autoridades chinesas prometeram fechar as alegadas esquadras, de acordo com o comunicado de imprensa do secretário de Estado.
A presença destas instalações foi mencionada no Reino Unido, mas também em França, nos Estados Unidos e igualmente em Portugal, mas a China sempre negou a sua existência.
O Ministério do Interior do Reino Unido e a polícia de Londres lançaram investigações depois do grupo de direitos humanos Safeguard Defenders ter documentado a existência destes locais no ano passado.
Haveria três ou até quatro no Reino Unido, de acordo com Tugendhat, que disse que a polícia visitou todos os locais suspeitos e "nenhuma actividade ilegal” foi identificada.
"Acreditamos que a polícia e a vigilância pública tiveram efeito”, explicou o secretário de Estado.
"No entanto, essas ‘esquadras de polícia’ foram estabelecidas sem a nossa permissão e, por mais baixo que seja o nível de actividade administrativa realizada, terão apoquentado e intimidado aqueles que deixaram a China para encontrar segurança e liberdade no Reino Unido”, acrescentou.
Em Abril, o jornal The Times publicou um artigo sobre Lin Ruiyou, um empresário chinês com ligações ao Partido Conservador britânico, que administrava uma empresa de entrega de alimentos no bairro de Croydon, no sul de Londres, que operava também como uma esquadra de polícia chinesa não declarada.