A Polícia Nacional está a redobrar o combate contra a criminalidade por meio de várias operações, sendo a III Turno uma das mais activas, que permitiu deter vários criminosos ao longo dessa semana, de acordo com o porta-voz da instituição.
Durante o acto, foram apreendidas dez armas de fogo, dentre elas seis metralhadoras, do tipo AKM, três pistolas e uma caçadeira. Além disso, referiu, foram apreendidas cem gramas de liamba, uma botija de gás, quatro televisores e três aparelhos de som.
Material ferroso
A corporação, disse Nestor Goubel, deteve, igualmente, em Luanda, um jovem, de 20 anos, acusado de roubar um Posto de Transformação de energia eléctrica, para vender os materiais numa das casas de comercialização de ferro, no município de Cacuaco.
O crime, esclareceu, ocorreu no bairro Macedônia, quando os moradores ao ficarem privados do fornecimento de energia eléctrica e decidiram apurar as causas, tendo descoberto a vandalização do referido Posto de Transformação. "Graças às diligências feitas pelos efectivos da corporação, foi possível deter o criminoso”.
Rixas de grupo
Ao longo da semana, a Polícia Nacional desmantelou, ainda, cinco grupos de supostos marginais, que se dedicavam ao crime de rixa entre grupos rivais, com recurso a objectos contundentes como catanas e facas.
Os grupos actuavam na Zona Norte do município de Viana, precisamente nos bairros Capalanca e Calucano, assim como na rua Brasileira, em acções que, geralmente, criavam o pânico entre a população.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia apela aos cidadãos no sentdo de evitar justiça por mãos próprias.
Nigerianos tentam furtar navio
Uma das acções de relevo da semana foi a detenção, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), em flagrante delito, de um grupo que tentou furtar um navio. Os criminosos, no total 11, todos cidadãos nigerianos, com idades entre os 37 e os 52 anos, eram parte da tripulação de um navio rebocador, denominado RUTH, e tentaram furtar, através de reboque, uma embarcação angolana, atracada na Ilha de Luanda.
O porta-voz do SIC, superintendente Manuel Halaiwa, disse que os detidos já tinham amarrado o navio e estavam prontos para o rebocar, quando foram parados há mais de duas milhas da baía de Luanda.
O reboque fraudulento do navio angolano, denominado Garcia I, antes pertencente a empresa de transportes marítimos World Wide Internacional é actualmente da Birlui Holding Internacional, de um cidadão sul coreano, sem autorização para sair do país.
O furto, acrescentou Manuel Halaiwa, foi encomendado, com base no resultado das investigações, pela empresa Birlui Holding Internacional que pretendia vendê-lo, mas sem estar sujeito aos vários encargos tributários. "Para facilitar o processo de venda fraudulento, a empresa negociou com os tripulantes nigerianos para retirar o navio do território nacional”.
A investigação preliminar em curso, adiantou, leva a crer que os cidadãos nigerianos não estavam a agir de forma isolada. "Acreditamos que eles podem ter recebido um auxílio de outros cidadãos em território nacional. Nos próximos dias vamos fazer mais algumas diligências para descartar qualquer hipótese”.
Como sequência da operação, para melhor apuração dos dados, antes de dar seguimento às investigações, foram detidos três cidadãos nacionais, o chefe de Secção de Segurança Marítima e Fiscalização, o Oficial de Segurança Marítima e o funcionário da empresa de Embarcação Garcia, como parte do esquema de furto.
Manuel Halaiwa lembrou que não é o primeiro caso do género, já que antes um outro grupo de dez cidadãos nigerianos havia tentado uma acção semelhante em Março deste ano, com um outro rebocador, mas para furtar o navio petroleiro "Ngol Dande 1”, propriedade do Estado angolano, afecto à empresa Sonangol Shipping.
O SIC e a Polícia Fiscal Aduaneira, destacou, vão continuar implacáveis nas acções de enfrentamento com vista a prevenir e reprimir a criminalidade que ocorre na orla marítima.
Bombeiros continuam preocupados com os casos de afogamento
O número e casos de afogamentos que continuam a ocorrer um pouco pelo país está a preocupar efectivos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, em especial nesta época de cacimbo em que a quantidade de banhistas deveria ser mais reduzida.
De acordo com a instituição, com base no relatório de ocorrências, os Bombeiros registaram, nos últimos dias, três mortes, sendo uma delas por afogamento. Para o porta-voz da corporação, são situações alarmantes, que requerem maior atenção, tendo em conta as diversas campanhas de sensibilização já realizadas para reduzir os números.
O superintendente Félix Domingos disse ainda que, na semana passada, por exemplo, foram efectuados 139 serviços de socorro, sendo 80 em atendimento pré-hospitalar, que culminaram com a evacuação de pacientes para diferentes unidades hospitalares.
Dos doentes, 19 foram atendidos em Luanda, 15 no Cuanza-Sul, 13 no Huambo, quatro no Cuando Cubango e no Bié, cinco no Cunene, sete no Bengo, três na Huíla e no Cuanza-Norte. "Outros dois foram atendidos nos hospitais de Cabinda, ao passo que Malanje, Benguela, Lunda-Norte, Moxico, Uíge atenderam um paciente cada”.
O Serviço de Bombeiros, adiantou, conseguiu ainda efectuar a extinção de 28 incêndios, neutralizar 14 invasões de abelhas, três desprendimentos de anel e resolver um caso de encarceramento por acidente de viação.