O Serviço de Investigação Criminal de Belas apresentou, ontem, à Comunicação Social, dois cidadãos, um deles pedreiro de profissão, que se faziam passar por médicos e interromperam uma gravidez de dois meses, a uma jovem de 22 anos, também já detida, disse, ontem, o porta-voz da instituição.
A jovem, adiantou, estava grávida de dois meses e pretendia interromper a gestação, por isso contactou o suposto médico, conhecido por Lucas, tendo este assegurado que faria o aborto ao preço de 25 mil kwanzas.
Com o dinheiro entregue, os dois acusados submeteram a rapariga a uma intervenção intra-uterina, que resultou na interrupção da gravidez.
Dias depois, mediante denúncia, os operativos do SIC/Belas, deslocaram-se a residência dos acusados e os detiveram, assim como realizou diligencias para a detenção da jovem, pelo facto de aborto ser um crime.
Fernando de Carvalho disse que, no local, o SIC encontrou em flagrante delito, um dos acusados a manter relações sexuais, com uma adolescente, de 16 anos, que pretendia fazer um aborto. "Ela estava grávida de um mês e pretendia fazer aborto, mas não tinha os 15 mil kwanzas exigidos pelo falso médico. Este propôs a menina manter relações sexuais com ela, antes de fazer o aborto”.
No local, realçou, foram, ainda, encontrados vários materiais cirúrgicos, já apreendidos. "É preciso alertar a população que o aborto é crime, sendo responsabilizados criminalmente o agente que procura por esses serviços, assim como os que a praticam”, lembrou.