Angola nega envio de mercenários para combater na guerra entre a Rússia e a Ucrânia
As autoridades angolanas desmentiram, esta sexta-feira, o envio de mercenários à Ucrânia, para reforçarem o contingente militar da Rússia.
Em nota de protesto, o Ministério das Relações Exteriores considera falsas as informações difundidas pela cadeia CNN-Portugal, que denuncia uma suposta presença de mercenários angolanos naquele país.
O MIREX condena e rejeita tais informações, afirmando que constituem uma vontade deliberada para manchar e desacreditar a boa imagem das autoridades angolanas.
Conforme o comunicado, a CNN-Portugal não exerceu o contraditório para apurar a veracidade da informação, quando "teve toda a possibilidade de o fazer".
Face a esta postura, as autoridades angolanas manifestam o seu desagrado junto das autoridades portuguesas, perante o prejuízo causado por este "acto irresponsável e reiterado da CNN-Portugal".
No seu comunicado, o MIREX lembra que Angola já foi vítima de mercenarismo, nos primórdios da sua independência, tendo sempre condenado tais acções e tomando medidas enérgicas e exemplares para desencorajar práticas do género.
"Esta acção da estação de televisão CNN-Portugal em nada abona o bom relacionamento entre a República de Angola e a República Portuguesa", declara-se na nota.
A Rússia leva a cabo, há mais de um ano, uma ofensiva militar na Ucrânia, que já provocou centenas de milhares de mortos e feridos, assim como milhões de refugiados.