Empresários garantem mais acção junto dos parceiros
A presidente da Associação dos Empresários do Cuanza-Norte, Nádia Patrícia Laranja, afirmou estar ciente das dificuldades que os empresários locais passam, pelo que prometeu trabalhar com todos para juntos resolverem as preocupações identificadas.
Nádia Patrícia Laranja tem como linha de força para o mandato, mobilizar facilidades no processo de criação de empresas, advogar com os bancos para a aquisição de créditos sem grandes constrangimentos, organizar e unir os empresários da província.
Pedido aos empresários
A presidente pediu, de igual modo, ao Governo da província mais apoio institucional à classe, factor imprescindível para o crescimento empresarial local, uma vez que o desenvolvimento sustentável da região passa pelas parcerias público-privadas.
Os empresários da província do Cuanza-Norte apresentaram as dificuldades na aquisição de créditos bancários, a não legalização das empresas e a falta de união entre os operadores da classe e também dos empreendedores como dos maiores impasses para que as actividades da classe não se desenvolvam nesta localidade do país.
Estas declarações foram avançadas, ontem, no Cine Ndalatando, pelos empresários e empreendedores que prestigiaram a cerimónia de apresentação da nova presidente da Associação dos Empresários do Cuanza-Norte, Nádia Patrícia Laranja.
O empreendedor no ramo de marcenaria e serviços mercantis, Américo Romão Sebastião, espera melhorias durante o mandato da nova presidente, visto que os empresários e empreendedores têm muitas dificuldades, desde a falta de informação sobre gestão à apresentação de um plano directivo, bem como de soluções que indiquem os caminhos para a resolução dos inúmeros problemas enfrentados. Disse esperar que o governo local olhe para a classe empresarial como parceiro directo, para que juntos tirem a maior parte dos jovens do desemprego.
"Ser empreendedor é uma tarefa difícil. A concessão de crédito tem sido a maior dificuldade para o desenvolvimento dos empresários no Cuanza-Norte”, lamentou.
Já o empresário de venda de produtos diversos e de manutenção de serviços, José Maria Armando de Castro Ferreira, realçou que a falta de acesso ao crédito bancário e às divisas para a aquisição de produtos diversos são as razões do enfraquecimento do empresariado no Cuanza-Norte, uma vez que maior parte desta classe necessita de apoios financeiros.
José Maria que já actua no mercado empresarial há mais de 20 anos, disse ser difícil trabalhar nesta actividade, principalmente no Cuanza-Norte, porque não há abertura à classe, cenário agravado com a dificuldade de constituição de empresas.
"Existe muita burocracia para tratar documentação e poder constituir uma empresa. Este é um factor que leva à desistência de várias pessoas na hora de investir nos diversos ramos”, afirmou.
No encontro, participaram empresários, empreendedores, vendedores ambulantes, quitandeiras e convidados.