Ivandro Sigaval vence “batalha” de poesia
O slammer moçambicano Ivandro Sigaval venceu, domingo, a sexta edição do Slam Tundavala, com 99 pontos, num embate com Irene A'mosi, que contabilizou 96 pontos. Os artistas foram desafiados a falar de "menos liberdade".
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No momento de apresentação subiram ao palco onze slammers, a destacar o moçambicano Ivandro Sigaval, a brasileira Jéssica Campos, e os angolanos José Paciência, Lotos CL, Emília, Olívia Gomes, Astronauta, Irene A'mosi e A voz do Silêncio. Por uma questão de atraso, os outros dois concorrentes não puderam concorrer.
Presidida por Kiaco Zambo, director executivo da Art Sem Letra, que começou por dizer que nesta edição do Slam Tundavala passaram por várias fases e viajaram por vários pontos do país.
"O movimento procurou um conceito que melhor se enquadraria, de um espaço que leva duas perspectivas da elevação das fendas, e o abismo entre as fendas, o movimento trouxe para a sexta edição as quedas de Tundavala, localizada na Huíla".
A primeira actuação da noite foi do último poeta brasileiro Emersom Alcaldem, que não participou da batalha, mas fez as honras da casa, com o poema intitulado"Travessia", de forma ritmada. O slam apresentou como se-gunda sugestão da noite "Mudar o Mundo e Transformar o Abecedário".
O primeiro concorrente da noite foi o angolano José Paciência que subiu ao palco, narrando um poema sobre "menos liberdade".
A segunda slammer foi a poetisa Emília que narrava um poema sobre ancestralidade, tendo realçado a pouca liberdade do género feminino.
O slammer revelação, Lot CJ, de apenas 15 anos, falou sobre os largos de lembranças e o sabor amargo das salinas do mar. O primeiro bloco terminou com a slammer brasileira Jéssica Campos e a angolano Matambi.
O segundo bloco começou com Olívia Gomes. Seguiram-se Irene A'Mosi e o moçambicano Ivandro Sigaval.
O primeiro momento musical foi com o músico Guilherme "CJ", actualmente o único músico de Beat Box em Luanda. Exibiram-se, igualmente, Emília, Lot CJ e Matamba.