Famílias retiradas em zonas de risco realojadas no projecto “500 casas”


Um total de 200 famílias que viviam em zonas de risco no município do Cuito, província do Bié, foram realojadas no projecto habitacional “500 Casas”, localizado no bairro Caluco.

As famílias, na sua maioria, viviam em zonas de risco nos bairros Cangalo, Cangangawe e Santo António, em espaços que estão a ser consumidos por ravinas, que ameaçam, também, áreas da comuna do Cunje e dos municípios do Andulo, Catabola, Camacupa e Nharêa.

O governador provincial do Bié, Pereira Alfredo, afirmou que tem acompanhado o processo de realojamento das famílias para zonas mais seguras, disse à imprensa, durante uma visita de campo, que o Executivo angolano já dispõe de informações sobre as ravinas que ameçam várias infra-estruturas de impacto social em, pelo menos, cinco municípios, tendo avançado que foi criada uma equipa multissectorial para dar solução urgente ao problema.

As casas do projecto habitacional "500 Casas”, de tipologia T-3, começaram a ser erguidas em 2015, com o propósito de acolher famílias que habitavam em zonas consideradas de risco, na periferia do município do Cuito.

O projecto recebeu as primeiras 50 famílias, oriundas dos bairros Cangalo e Cangangawe, em 2020, tendo o processo sido concluído no passado fim-de- semana, com a chegada de mais 150 famílias, na sua maioria provenientes do bairro Santo António, que ficaram ao relento, devido às chuvas, que agravaram, ainda mais, as ravinas que surgiram na zona.

Às famílias realojadas, Pereira Alfredo recomendou responsabilidade e preservação do projecto habitacional, evitando arrendar as casas, sob pena de as perder.

O governador assegurou que outros cidadãos em zonas de risco estão a ser cadastrados, para que, à medida que forem criadas condições, serem realojados em outros projectos habitacionais.

Julieta Cassova, 65 anos, proveniente da zona da ravina do bairro Santo António, foi uma das contempladas com uma vivenda T-3. Viúva e mãe de dois filhos, manifestou-se satisfeita e prometeu cuidar bem do imóvel.

"Vivíamos numa zona no bairro Santo António, próximo à ravina. Nunca sabíamos o que poderia nos acontecer. Este gesto do Estado veio mudar radicalmente as nossas vidas. Foi-nos informado pelo senhor governador que teremos de pagar a água e a energia, como forma de contribuir para a manutenção do projecto habitacional”, disse.

Durante a jornada de campo, o governador Pereira Alfredo aproveitou para constatar o grau de execução das obras da futura escola do projecto habitacional e de seguida deslocou-se ao bairro Piloto para avaliar a construção da central de distribuição de água potável para aquela zona e arredores.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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