Monumentos e sítios estão conservados


O governo provincial do Huambo continua apostado na conservação e manutenção dos monumentos e sítios locais, para manter viva a história da ancestralidade e despertar o interesse pelo turismo.

A informação foi prestada pela chefe do Departamento da Cultura, Património e Comunidades Tradicionais, Isaura Gimi Ginga, que considerou que todos os monumentos e sítios estão bem controlados.

A província está bem servida quanto aos monumentos e sítios, que actualmente controla cerca de 123, dos quais 7 estão classificados como património cultural nacional.

Destes monumentos classificados a património cultural nacional, o município do Huambo lidera com três, respectivamente a Estação Arqueológica do Feti, na comuna da Calima, local onde, segundo fontes históricas, surgiram os primeiros povos umbundu e nganguela. Possui igualmente o largo Doutor António Agostinho Neto, bem como a Ombala grande do Huambo, no Calicoque.

O município do Bailundo tem a Ombala Mbalundu, como património cultural classificado, o Mungo tem as pinturas rupestres do Kaniñguinli, na Chicala Cholohanga se encontram as pedras Ndala Kandumbo e no Cachiungo tem a Missão da Igreja Evangélica Congregacional em Angola IECA do Dondi.

"Estes locais estão controlados e gozam de protecção jurídica, temos feito um aturado trabalho com o Ministério da Cultura no sentido de elevar mais alguns locais, como é o caso do Cine do São João”, salientou.


Riqueza dos monumentos e sítios do Huambo

Segundo fez saber a responsável, há sítios de muita importância, como são os casos da albufeira da missão do Cuando, a Ilha dos Amores no Quipeio, município da Ecunha, e o Morro do Moco, com uma relevante história na vida das suas comunidades.

"Muitos sítios são considerados como centros turísticos e precisam do investi- mento para a promoção do turismo local, para serem capazes de criar mais postos de trabalho, através da acção do empresariado”, sugere.

A Ilha dos Amores é propriedade da administração da Ecunha, controlada pela direcção da cultura, e nela está a ser feito um estudo no sentido de se estruturar o espaço.

A província tem os monumentos e sítios classificados em naturais, arquitectura civil, religiosa, funerária e militar.Na arquitectura civil, destaca-se o Palácio do Governador, os edifícios do Banco Nacional de Angola, do Comité Provincial do MPLA, a ex-cadeia da PIDE-DGS na comuna da Cumbila, ex-Katukuluka, no município do Londuimbali, entre outras.

Quanto a estruturas religiosas, o destaque recai para diferentes igrejas de várias denominações, que estão reconhecidas pelo seu contributo no desenvolvimento e formação dos quadros nativos.

Nos monumentos militares, está em destaque a muralha da Ombala do Huambo, que é conhecida como símbolo da luta de resistência dos povos nativos contra a ocupação colonial, a fortaleza do Bailundo, forte da Ganda la Kawe da Caála e o actual Quartel-general da Região Militar Centro das Forças Armadas Angolanas FAA, dentre outros.

Os monumentos e sítios naturais são vários, onde se destaca o Morro do Moco, o ponto mais alto e uma das sete maravilhas de Angola, o pico do Luvili o maior monolítico do país, ambos localizados no município do Londuimbali, as pedras Kandum- bo e Alemão, todas na Chicala Cholohanga, só para citar alguns.

A responsável apelou à população no sentido de conservar os monumentos e sítios da província, por retratar a memória colectiva de um determinado povo.

Solicitou igualmente aos empresários locais para investir nas proximidades destes patrimónios, para a promoção do turismo e diversificar a economia nacional, uma vez que os locais servem ainda para atracção dos estudantes, com finalidade de investigação científica, devido à especificidade de cada ponto.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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