As remessas e outras transferências pessoais de emigrantes angolanos recebidas do resto do mundo registaram um crescimento de 12,79 por cento, ao atingir no quarto trimestre de 2022 cerca de 3,90 milhões de dólares, contra 3,46 milhões registados no trimestre anterior, registando um aumento de 5,9 por cento em relação aos 3,68 milhões de dólares registados no período homólogo.
Os dados apontam que o saldo das remessas e de outras transferências pessoais registou um valor negativo, quase na mesma proporção das remessas enviadas, visto que as mesmas continuam a exceder as remessas recebidas do exterior, que continuam a registar um valor ainda residual.
De acordo com o Relatório de Migração e Desenvolvimento do Banco Mundial, estima-se que as remessas para os países em desenvolvimento do Oriente Médio e Norte da África tenham crescido 2,5 por cento em 2022, para 63 biliões de dólares, em comparação com um crescimento de 10,5 por cento registado no ano passado.
O documento acrescenta que, o crescimento mais lento das remessas está parcialmente ligado à erosão dos ganhos salariais reais na zona do euro, apesar da procura por remessas nos países de origem ter aumentado devido à deterioração das condições socioeconómicas, incluindo a seca no Magreb e os altos preços do trigo importado.
Quanto às remessas enviadas de Angola para o estrangeiro, cifraram-se em 232,5 milhões de dólares no período em referencia, representando uma diminuição de 17,9 por cento relativamente ao trimestre anterior em que as mesmas se situaram em 283,2 milhões de dólares.
Os dados apontam que houve um acréscimo de 16,7 por cento em relação ao período homólogo, em que as mesmas atingiram os 199,3 milhões de dólares.
Os três países que lideram a lista dos principais países de destino das remessas provenientes de Angola, segundo os dados, concentram cerca de 82,3 por cento das remessas totais enviados pelos residentes, dos quais 62,1 por cento do valor das remessas foram para Portugal, 13,7 para o Vietname e 7 para China.