Os camponeses da cooperativa “Canivete Kagombe”, na localidade de Tchivulo, município de Caluquembe, na província da Huíla, dispõem, desde a semana passada, de um centro destinado para a transformação de produtos agro-pecuários.
O centro, construído no âmbito do projecto EKOLISO (Fortalecer em Português), foi financiamento pela Organização Internacional "Pão para o Mundo”, num orçamento de cerca de 800 mil euros. O centro de transformação de produtos agro-pecuários, com capacidade de absorver a produção de 340 camponeses da região, está equipado com um fogão industrial gás, arrecadação e armazéns, visa agregar valor por meio de confecção de sumos e produtos de pastelaria.
O coordenador da cooperativa, Manuel Deyweda, explicou que o centro tem a missão de adquirir a colheita dos camponeses, sobretudo batata-doce, massango, massambala, milho e fruticultura para serem transformados em pão, bolos e bolinhos, sumos e doces, evitando assim a deterioração. A cooperativa Canivete Kagombe, fundada em 2020, estima colher este ano cerca de 25 toneladas de feijão e outras tantas de batata-doce, por isso, o coordenador manifesta interesse em fornecer merenda escolar aos alunos do ensino de base do município.
O director da ADRA antena Huíla, Cunene e Namibe, Simeone Chiculo, sublinhou que este é o terceiro centro do género aberto na província da Huíla no âmbito de estratégia de completar a cadeia de valor agrícola e contribuir para o escoamento da produção e diversificação da economia. "Esta é uma componente que faltava. A ADRA dá sempre suporte aos camponeses como alfaias e sementes para aumentar a produção agrícola. Mas agora estamos a integrar nesta cadeia a componente transformação dos produtos. Assim os camponeses podem dar mais valor a sua colheita”, disse.
Explicou que as sete confeiteiras que asseguram o funcionamento do centro receberam formação de pastelaria e confecção de sumos naturais ministrada por especialistas contratadas pela ADRA.
O administrador municipal adjunto para Área Técnica, Infra-estruturas e Serviços Comunitários de Caluquembe, Eliseu José, destacou o impacto da intervenção da organização não governamental na região onde mais de mil camponeses estão incluídos nas acções de promoção de agricultura e outras.