A Câmara de Comércio Angola - China trabalha em sintonia com o Ministério da Economia e Planeamento nos derradeiros detalhes com vista à participação de um considerável número de empresários nacionais na terceira edição da Expedição China -África, a decorrer de 29 de Junho a 2 de Julho na cidade de Xande, província de Wuhan (China).
Luís Cupenãla informou, por outro lado, que o Governo de Angola, através do Ministério da Economia e Planeamento (MEP)e da Embaixada da China no país, estão engajados na preparação do programa das celebrações dos 40 anos de relações entre os dois Estados (iniciadas em 1983), em colaboração com a Câmara de Comércio e Associação Comercial dos Chineses Residentes em Angola.
O evento, de acordo com Luís Cupenãla, terá como ponto cimeiro a realização do Fórum de Negócios Angola-China, previsto para o fim de Julho, altura em que uma delegação constituída por homens de negócios e dirigentes deverá interagir com os homólogos do "Gigante Asiático” no sentido de rever a estratégia de cooperação.
"Este Fórum tem um pendor político, económico e social, porque representa a selagem dos 40 anos e o início de uma nova era”, detalhou Luís Cupenãla. E acrescentou: "a avaliação dos benefícios da cooperação ao longo de 40 anos é importante para se redesenhar a cooperação. Angola vai colocar nesta montra mundial aquilo que são as suas capacidades e os recursos que tem, que representam, de facto, as oportunidades, ao passo que a China vai dispor da abertura de um investimento privado”.
Luís Cupenãla sublinhou que o Governo angolano já não está focado na obtenção de financiamentos, mas sim na mobilização do investimento privado para agigantar e tornar a economia cada vez mais sustentável, razão pela qual "a Câmara e o Ministério da Indústria e Comércio estão a preparar os empresários para participarem na terceira edição da Expedição Comercial China-África, que vai acontecer em Wuhan, cidade de Xande, onde vários países africanos vão apresentar as suas capacidades, os seus recursos para a captação do investimento estrangeiro”.
Parceria viabiliza diversificação da economia
O presidente da Câmara de Comércio defendeu a necessidade dos angolanos perceberem a força, sagacidade e visão dos chineses para optimização das matéria-primas de forma a tirar proveito dos recursos que o país oferece, deixando de ser potencialmente rico, pois, em sua opinião, os recursos precisam de ser explorados e transformados em bens e serviços para a prosperidade dos angolanos.
Os 40 anos, frisou, representam um marco histórico bastante importante, "porque reflectem maturidade e conferem a capacidade de interpretar aquilo que queremos, pois um homem que aos 40 anos não sabe o que quer, não tem visão”.
"Temos um projecto comum de cooperação win-win (vantagens recíprocas), que é muito maior do que as nossas pequenas diferenças”, continuou.
A Câmara conta com cerca de 100 empresas individuais, num conjunto em que estão inseridas as pequenas, médias e grandes empresas. "Não são empresas chinesas, mas empresas de direito angolano com capital chinês, uma vez que foram criadas à luz do ordenamento jurídico angolano, pagam os impostos, obedecem milimetricamente àquilo que são os ditames do regulamento jurídico angolano”, disse o presidente da Câmara.