INAD destrói explosivos na aldeia do Ndumbo

O Instituto Nacional de Desminagem (INAD) destruiu, sexta-feira, 171 engenhos explosivos, dos quais 53 minas anti-tanque e três anti-pessoal, removidos, na sua maioria, na aldeia do Ndumbo, a 45 quilómetros da cidade de Menongue, província do Cuando Cubango.

O responsável do INAD no Cuando Cubango, Jorge Nana, fez saber que o trabalho de desminagem, que teve início no passado mês de Fevereiro, permitiu, ainda, a remoção de 58 uxos (engenhos explosivos não detonados) e 57 munições de pequeno calibre, assim como clarificar uma área de 24.750 metros quadrados, dos 150.500 metros quadrados previstos inicialmente naquela região.

Acrescentou que o espaço desminado foi entregue à Administração Municipal e poderá ser usado pela população do Ndumbo para o fomento da actividade agro-pecuária. 

Jorge Nana garantiu que, tão logo as condições estejam criadas, o INAD vai dar início ao trabalho de remoção de engenhos explosivos nos mais de 100 metros quadrados ainda por clarificar, onde já se fez um trabalho técnico e a sensibilização da população.

Explicou que a maior parte dos engenhos destruídos, sobretudo as minas anti-pessoal, foram retiradas na aldeia do Ndumbo, onde se registaram acidentes, que vitimaram, no mês de Janeiro deste ano, uma jovem camponesa de 19 anos e quatro cabeças de gado bovino.  

Fez saber que outros engenhos explosivos foram removidos nas comunas do Jamba Cueio (no município de Menongue) e em Tchinguanja (Cuchi). 

Referiu que, para o êxito do trabalho, foram envolvidos 25 operadores, dez detectores de minas e três viaturas Land Cruiser. 

Segundo Jorge Nana, os operadores em campo sensibilizaram 374 pessoas residentes nas localidades acima referidas, sobre o risco de minas e de outros engenhos explosivos não detonados.

Além do Ndumbo, informou que o INAD tem ainda catalogados campos minados na localidade do Jamba Cueio e do Cuatir, onde, nos próximos dias, dar-se-á início aos trabalhos de desminagem.

Jorge Nana salientou que, no Cuando Cubango, o INAD conta com 45 operadores, um número considerado irrisório, tendo em conta as especificidades da província e a quantidade de campos identificados como possíveis locais minados.

Elogiou a população do Cuando Cubango por ter adoptado a cultura de informar às autoridades a existência de objectos estranhos, facto que tem ajudado na redução dos casos de acidentes com mina. 

Além do Instituto Nacional de Desminagem, operam na província do Cuando Cubango as operadoras The Hallo Trust, Engenharia Militar e da Polícia de Guarda Fronteira.

 

Alívio para população 

O administrador municipal adjunto de Menongue para a Área Social, Joaquim Samba, disse que o campo livre de minas no Ndumbo representava um grande risco para a população e impedia a prática de actividades agrícolas, a caça, a apicultura, a construção de residências e a circulação segura de pessoas e bens. 

"A partir deste momento, em que estamos a receber este campo, a população sente um grande alívio e segurança para poder desenvolver as suas actividades sem o risco de accionar uma mina a qualquer momento”, assegurou. 

Joaquim Samba informou que, no primeiro trimestre do ano em curso, o município de Menongue registou mais de sete acidentes de mina, nas localidades do Zonde, Ndumbo e Jamba Cueio, vitimando pessoas e animais. Apontou as zonas do Cuatir, Fio e Jamba Cueio como as que mais preocupam a Administração Municipal de Menongue e que necessitam da intervenção das operadoras de desminagem.

Pedro João Cassule Manuel Manuel

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