Os preços do crude subiram ontem, com o acordo dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus 10 aliados (OPEP+), para limitar a oferta até 2024 em vez de 2023 e o anúncio do corte de produção unilateral e voluntário da Arábia Saudita.
O volume total de redução da oferta, decidido unanimemente, mantém-se nos 3,66 milhões de barris/dia, o que totaliza 3,6% do global, incluindo dois milhões de barris/dia acordados no ano passado e cortes voluntários de 1,66 milhão de barris/dia, acordados em Abril. O que muda é a maturidade da medida: os cortes eram válidos até ao final de 2023, mas no domingo a organização petrolífera anunciou que vai estender esses cortes até ao final de 2024.
OPEP+ mantém a produção, mas sauditas retiram mais um milhão de barris/dia à oferta. "É um sinal claro para o mercado de que a OPEP+ está disposta a impor e defender um preço mínimo”, disse uma das fundadoras do ‘think-tank’ Energy Aspects, Amrita Sen, à Reuters.
Além disso, a Arábia Saudita anunciou, também, que vai cortar a sua produção de forma voluntária e unilateral. O Ministério da Energia da Arábia Saudita disse que a produção do país cairá para nove milhões de barris/dia em Julho, de cerca de 10 milhões de barris/dia em Maio, a maior redução em anos.
A reunião de domingo durou sete horas – e foi mais demorada do que é habitual devido ao facto de três países da OPEP terem batido o pé para fazerem valer as suas pretensões.